Jornal de Angola

Mais um êxito da TV regressa para os fãs

Depois de duas temporadas, “La Casa del Papel” regressa ao pequeno ecrã com as mesmas personagen­s que os espectador­es aprenderam a amar, cujos pseudónimo­s, baseados em capitais de países, tornam-nos tão caricatos como as suas aventuras

- Adriano de Melo

Está de volta um dos maiores êxitos da televisão dos últimos anos, “La Casa del Papel”. A dose de adrenalina e o mistério em torno da série da Netflix continuam a ser altos e agora com uma pitada, ainda maior, de drama, que a tornam sem igual e num fenómeno entre os jovens. Com uma temática completame­nte diferente da habitual, “La Casa del Papel” é das poucas produções que procura, logo de início, prender o espectador até ao fim. E, pela direcção da sua narrativa, consegue fazer isso sem muito esforço, mesmo com actores jovens e desconheci­dos do público. Sabe aqueles tiros no escuro que costumam acertar? É “La Casa del Papel”. Mesmo sendo uma produção estrangeir­a, com actores espanhóis, a série dramática, com muito suspense e acção, teve méritos suficiente­s para ficar entre as melhores criações da Netflix. O segredo, talvez, seja a ousadia do realizador Álex Pina, de criar uma série que nos deixa constantem­ente sem fôlego e dispostos a seguir os passos dos “ladrões aventureir­os” para sabermos como acaba a aventura. “La Casa del Papel”, agora na sua terceira temporada, é sem dúvidas o melhor êxito estrangeir­o adaptado pela Netflix. Desde os primeiros episódios, a produção já tinha dado provas da sua durabilida­de. Esta nova temporada só veio confirmar isso e preparar o público para uma outra sequência. Apesar de mostrar um ponto de vista completame­nte diferente do habitual na TV (embora o cinema já o tenha feito), a série começa com um grupo de ladrões, dispostos a tudo, mas com um plano mirabolant­e, para assaltar a “Casa da Moeda” da Espanha e dar o “golpe do século”. Agora, já nesta terceira temporada, a aventura prossegue. O golpe já foi dado. Os ladrões escaparam. Alguns morreram. Mas quando a polícia prende um dos seus membros, todos são obrigados a voltar e a unirse pelo bem do grupo. É a partir daí que começa a nova aventura, tão surpreende­nte e cativante como as anteriores, só bem mais complexa e com novos rostos. A revolução para criar uma guerra, que vai levar os fãs a aguardarem com ansiedade a quarta temporada, é a ideia desta terceira sequência, cujo final deixa qualquer um atónito e ansioso para descobrir o futuro dos ladrões. O que espero, e muitos dos críticos cépticos das duas primeiras temporadas, é que desta vez os criadores da série consigam apresentar um desfecho à altura. Algo que seja capaz de levar-nos a levantar do lugar em que estivermos e aplaudir. Essa é a mística em que muitas produções do género acabam por cair. Até mesmo os grandes êxitos da televisão podem decepciona­r os mais analíticos.

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Elenco regressa novamente a acção com novos rostos

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