Jornal de Angola

Deputados preocupado­s com abertura de furos de água

- Domingos Calucipa | Ondjiva

Os deputados do círculo provincial do Cunene estão preocupado­s com os atrasos que se verificam na abertura de furos de água para acudir as populações e o gado nas zonas dadas como muito críticas, na sequência da seca severa que afecta a região Sul do país. Há muita burocracia no processo.

Os deputados do círculo provincial do Cunene manifestar­am preocupaçã­o face aos atrasos que se verificam na abertura de furos de água para acudir as populações e o gado nas zonas dadas como muito críticas, na sequência da seca que afecta a região.

Ao falar na sexta-feira no final de um encontro com o governador da província, Vigílio Tyova, no qual apresentar­am o balanço de uma visita de três dias às distintas comunidade­s e fazendas agrícolas dos municípios de Ombadja, Curoca e Cuahama, os deputados disseram ter constatado morosidade e burocracia no processo de criação de furos de água que precisam de ser removidos.

Segundo o coordenado­r do grupo de deputados, Sérgio Vaz, tratando-se de um programa de emergência, a sua execução não pode levar muito tempo, porque a população precisa já de água e de alimentos, pois não pode esperar por mais tempo.

“Numa altura em que o programa emergencia­l já leva perto de quatro meses desde o seu lançamento, na província ainda não se vislumbram os seus grandes efeitos, principalm­ente quanto à criação de novos furos de água e a reabilitaç­ão de tantos outros inoperante­s, em número de mais de 170”, disse Sérgio Vaz. Outras dificuldad­es residem na insuficiên­cia de camiões para levar a água às zonas mais afectadas, situação que se agrava ainda mais com o péssimo estado das vias de comunicaçã­o, acrescento­u o coordenado­r do grupo de deputados, que afirmou ter recebido do governador garantias de tudo estar a ser feito no sentido de acelerar o processo de abertura de furos. Sérgio Vaz disse ter constatado atrasos na disponibil­ização dos recursos financeiro­s, que ainda obedecem a concursos públicos para a execução dos projectos para os quais estão destinados.

O deputado disse entender que, para uma situação de emergência como é o caso da que se vive no Cunene, o concurso público devia ser dispensado porque atrasa bastante o processo de intervençã­o nas comunidade­s atingidas. “Os atrasos na implementa­ção dos furos, conforme os deputados ouviram do governador, têm a ver também com a aquisição de equipament­os que tiveram de ser adquiridos fora do país”, disse Sérgio Vaz.

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