Bianguê Na Ntan garante fidelidade dos militares
O chefe das Forças Armadas guineenses, Biaguê Na Ntan, afirmou, sábado, que enquanto estiver à frente da instituição não haverá golpe no país e que muitos o acusam injustamente de ser o suporte do actual Presidente, José Mário Vaz.
“Comigo à frente das Forças Armadas não há lugar para golpe de Estado. As pessoas podem falar à vontade, eu fico calado, porque sei o que quero para este país, eu e os meus oficiais”, declarou o general Na Ntan, citado pela Lusa, ao receber um prémio que lhe foi atribuído por uma empresa de guineenses sediada nos Estados Unidos.
A empresa decidiu homenagear o chefe do EstadoMaior General das Forças Armadas (CEMGFA) pelo papel na estabilização da Guiné-Bissau, onde, considera, não houve sobressaltos militares nos últimos cinco anos, como ocorria regularmente antes.
Num discurso em crioulo, o CEMGFA guineense aproveitou para abordar os comentários que disse ter ouvido nos últimos meses a respeito do seu posicionamento em relação ao Presidente do país, José Mário Vaz, também conhecido por “Jomav”.
“Oiço muita gente a dizer: O general Biaguê é quem tem ajudado a que o Jomav não seja derrubado. Peço às pessoas que consultem a Constituição da República. Na nossa Constituição está lá claro. O comandante supremo das Forças Armadas é o Presidente da República. É da lei”, observou o responsável militar.
Para Biaguê Na Ntan, “mesmo que tenha sido uma criança a ser escolhida pelos guineenses como Presidente da República, todos os militares terão de o respeitar”, disse, para salientar que “quem não concordar com isso terá de mudar a Constituição”. “As Forças Armadas apenas cumprem a Constituição da República”, disse Biaguê Na Ntan.