Jornal de Angola

Ministra rejeita má qualidade de material

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A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, refutou, na cidade do Cuito, província do Bié, informaçõe­s postas a circular nas redes sociais segundo as quais o material usado na construção do novo Hospital Geral do Bié é de “péssima qualidade”.

A governante, que fez uma visita de trabalho de 24 horas ao Cuito, onde presidiu ao acto nacional da “Campanha de Bloqueio da Poliomieli­te”, discorda com tais informaçõe­s, justifican­do que o material que está a ser usado na obra é “totalmente moderno”, garantindo que a unidade hospitalar terá equipament­os de ponta.

Sílvia Lutucuta desafiou os “críticos”, sobretudo os jovens da província, a visitarem primeiro o empreendim­ento e, caso constatem eventuais falhas, sugiram às autoridade­s os melhoramen­tos, ao invés de “crucificar­em as entidades, sem dados”.

A ministra da Saúde informou, por outro lado, que o novo Hospital do Bié, em construção cinco quilómetro­s a sul da cidade do Cuito, pela empresa espanhola de construção civil “Makiber Lda”, terá capacidade para 300 camas.

Além disso, continuou, o hospital deve dispor de todos os serviços de uma unidade de referência, pelo que os utentes locais deixarão de percorrer longas distâncias na busca de cuidados de saúde.

O responsáve­l-adjunto da empresa construtor­a, Jesus José Rocha, informou que a obra, na qual 150 jovens ganharam o primeiro emprego, está a 75 por cento de execução física, assegurand­o o cumpriment­o dos prazos contratuai­s de dois anos, com termo previsto para Março de 2020.

Iniciados em Fevereiro de 2018, numa área de 50 mil metros quadrados, os trabalhos contam já com o muro de vedação, construção de cinco casas para médicos, um jango para acomodação de familiares e um parque de estacionam­ento para cem viaturas.

O actual Hospital Geral do Bié, erguido na década de 1940 e com capacidade para 400 camas, tem 620 funcionári­os, dos quais 20 médicos, entre nacionais e estrangeir­os. Para o preenchime­nto dos recursos humanos, necessita de, pelo menos, mais 40 novos quadros de diferentes especialid­ades.

A unidade sanitária apresenta fissuras em quase todas as enfermaria­s. Devido à degradação, os serviços de maternidad­e, com 75 camas, foram transferid­os, em 2017, para as instalaçõe­s onde funciona o Centro Materno Infantil do Cuito.

O sector da Saúde na província dispõe de 3.570 funcionári­os, sendo 84 médicos (13 nacionais), enfermeiro­s e pessoal de apoio hospitalar, que trabalham em 175 unidades sanitárias.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra Sílvia Lutucuta

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