LARDEF apoia filiados nas políticas de inclusão
A Liga de Apoio à Integração dos Deficientes (LARDEF) tem, nos últimos anos, apoiado os associados, facilitandolhes o acesso à formação profissional, visando a sua inserção no mercado de trabalho, anunciou, ontem, em Luanda, o coordenador nacional de programas para Mobilização e Advocacia da associação.
Em declarações ao Jornal de Angola, António Afonso disse que a LARDEF tem apoiado os associados, dandolhes oportunidade de formação e, posteriormente, enquadrá-los no mercado do emprego. Lembrou que é importante que as pessoas com deficiência estejam bem preparadas tecnicamente, tendo em conta que ainda se assiste a actos de discriminação em algumas instituições.
Para os casos de discriminação, António Afonso disse que a associação tem trabalhado junto das instituições, passando mensagens no sentido das empresas adaptarem-se à realidade das pessoas com deficiências, visando criar um ambiente acessível, de acordo com as suas capacidades.
António Afonso solicitou apoio para as pessoas deficientes e repudiou os actos de discriminação por parte do empregador, colocando em causa a competência profissional dos deficientes.
António Afonso disse que no âmbito das políticas de fomento do auto emprego, a LARDEF, em parceria com o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INAFOP), têm ministrado cursos básicos de pequenos negócios, que visa capacitar os associados para as formas como iniciar um negócio e os métodos de gestão para evitarem falência.
A LARDEF tem realizado acções de sensibilização junto de pessoas com deficiência, contribuindo assim para melhorar a sua auto estima, mostrando-lhes que estão num mundo competitivo. Antes de serem deficientes são, acima de tudo, cidadãos, que devem conhecer as suas capacidades e os seus direitos e dar o seu contributo em prol do desenvolvimento do país.
António Afonso disse ainda que, nos últimos anos, a associação tem desenvolvido actividades de advocacia, sensibilização e “lobyng”, assim como a implementação de microprojectos geradores de rendimento a favor das pessoas com deficiência e suas famílias. O representante das OMS (Organização Mundial da Saúde) em Angola considerou que o ébola é uma ameaça para o país, embora esteja no nível dois em termos de territórios em risco que partilham fronteira com a República Democrática do Congo.
Hernando Agudelo reconheceu que a doença é altamente transmissível e complicada de ser gerida, daí que a OMS recomenda um plano de preparação e prontidão com procedimentos que visam diminuir o risco de introdução do vírus ébola.
O Plano Nacional de Contingência (PNC) dispõe de mecanismos de resposta para garantir uma acção imediata face à presença de um caso suspeito, identificar precocemente e interromper a circulação do vírus.
Os nove países que fazem fronteira com a RD Congo elaboraram uma lista de medidas, missões de avaliação de nível regional e global, grau de implementação do PNC, exercícios simulados dirigidos, monitorização e avaliação.
Hernando Agudelo disse que Angola deve ter capacidade de reacção rápida diante de um caso suspeito de ébola, uma vez que as medidas exigem supervisão e simulações, para garantir uma preparação adequada.
“Temos de estar em alerta com a situação da RD Congo, apesar do surto estar ainda longe, ou seja, a mais ou menos dois mil quilómetros de Luanda e mil de Kinshasa”, disse, afirmando que o surto chegou à província de Goma, e por esta região ter ligação directa com Kinshasa e este último com Angola, a preocupação deve ser maior. O representante da OMS lembrou que, aquando dos anteriores surtos, Angola já tinha um Plano Nacional de Contingência, que obedeceu agora a uma revisão, com o ressurgimento da doença no Congo.
Ao conceder uma lista com itens padronizados que os países devem seguir para evitar o contágio, a OMS exorta os países a activarem medidas de prevenção e preparar equipas capazes de dar respostas a um eventual caso.
Em Angola, o treino das equipas decorre, principalmente, a nível das províncias que fazem fronteira com a RD Congo, designadamente Zaire, Uíge, Lundas Norte e Sul e Moxico. Com o apoio da OMS, efectivos das Forças Armadas e da Polícia fronteiriça foram treinados pelo Ministério da Saúde a lidarem com o surto.
“Está a ser criada uma consciência preventiva no seio da população, de modo a estar em alerta”, atestou Hernando Agudelo.
O funcionário das Nações Unidas defendeu ser fundamental, em caso de diagnóstico, a população saber as formas de manuseamento, desde o ponto de vista clínico, de contacto com doentes e cadáveres, porque “a doença é altamente transmissível”
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Vigilância redobrada
Hernando Agudelo pediu que se redobre a vigilância epidemiológica, uma vez que o país tem, novamente, um surto de pólio, que exige do Ministério da Saúde uma investigação rápida dos casos suspeitos.
Quanto às restrições de viagens de cidadãos congoleses, indicou que uma medida do género pode aumentar o fluxo irregular ou ilegal de pessoas a utilizarem