Milhares de fiéis levaram festa africana à Cova da Iria
O Santuário de Fátima viveu, no fim-de-semana, um dia de festa com a 25ª peregrinação das comunidades católicas africanas, sob a presidência do cardeal caboverdiano D. Arlindo Furtado.
“Fátima é um altar do mundo, também para o mundo lusófono. Sempre foi para nós uma referência fundamental”, referiu o bispo de Santiago à Agência Ecclesia.
A iniciativa, promovida pela Capelania das Comunidades Católicas Africanas de Lisboa, teve como lema "A Virgem Maria, discípula do Senhor", num programa de oração, encontro e convívio.
O cardeal D. Arlindo Furtado sublinhou a importância deste encontro como tempo de “revigoramento da fé e de encontro social”, entre amigos, com importância “humana e social”.
O prelado destacou a dimensão da peregrinação, na vida dos católicos, onde quer que se encontrem, como marca de “comunhão humana e cidadania comum”, tanto para os “portugueses que são emigrantes” como para “os estrangeiros que estão em Portugal”. “Somos membros de uma única família e isso é muito bonito e é muito importante”, declarou. O programa da peregrinação ao Santuário Mariano da Cova da Iria proporciona diversos momentos de encontro, celebração e comemoração, desde 1994.
A Capelania dos Africanos insere-se no apoio dos Missionários Espiritanos aos imigrantes desde o início da década de 1980. Com o decorrer dos anos e com o fluxo migratório em Portugal sentiu-se a necessidade de uma reorganização da actividade pastoral junto dos imigrantes.
O responsável pela Capelania, padre Andrew Prince, falou num dia de “alegria”, que junta, em Fátima, pessoas de várias nacionalidades e mesmo quem se afastou até da vida eclesial.
“Há necessidade de sair, de encontrar outras pessoas, outras realidades, para poder transmitir a fé”, afirmou o religioso espiritano. Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau estiveram representados com dezenas de peregrinos.