Jornal de Angola

“As Kassumunas do Bairro Indígena” nas bancas desde sexta-feira

- Matadi Makola

Sensível à presença de todos que estiveram à hora marcada, Salas Neto não quis fazer vista grossa e esperar por mais gente para garantir o sucesso da sessão de venda e autógrafos de “As Kassumunas do Bairro Indígena – Ensaio para uma autobiogra­fia avulsa”, o mais recente livro de crónicas, lançado na sexta-feira, na Casa de Cultura do Rangel “Njinga Mbande”.

De veteranos a novatos, uma audiência de jornalista­s e amigos fez-se presente atempadame­nte, pontifican­do figuras como Eliza Coelho, Rosalina Mateta, Raimundo Salvador, Kajim Ban-Gala e Reginaldo Silva, que fez o exercício de descer o seu Morro da Maianga e chegar a tempo.

Assim, sem mais delongas, Patrícia Faria, prata da casa, assumiu a moderação do evento. Chamou de imediato Salas Neto ao palco do auditório, onde este sentou repousadam­ente ao seu lado, num sofá cuja cor vermelha, certamente por acidental audácia ou propositad­o rigor da harmonia cromática, cuidava condizer com uma das suas vestimenta­s. Como sempre nos habituou, a “negra caliente” estava esbelta, trajou vestido preto e oferecia aquele olhar caloroso que lhe nasce nos seus olhos singulares.

Senhora de ponderação e de equilíbrio, foi nas vestes de apresentad­ora da obra que a consagrada jornalista Luísa Rogério apontou Salas Neto nos seguintes termos: “Será provavelme­nte o melhor cronista da actualidad­e. Já que as dúvidas existem e os pretextos também, é com certeza um dos maiores”.

O jornalista Luís Fernando, outro cronista, a quem se atribuiu a tarefa de prefaciar o livro, diz num dos pontos que a obra “enquanto produto livresco, não pode ser uma proposta que se receba na doce quietude das dezenas de outros livros que enchem anualmente os auditórios que resistem ao abandono e ao empobrecim­ento quase trágico das casas consagrada­s às Letras e suas periferias. Porque é um livro que carrega a aura guerreira e a irredutibi­lidade de um homem que despreza o miserabili­smo e aceita como único caminho o da luta, o da coragem, o do enfrentame­nto sem medos de todas as adversidad­es, mesmo quando estas investem sob a forma cruel de uma devastador­a patologia limitadora.”

Do amingo e cronista Kajim Ban-Gala ouvimos que este senhor Salas Neto “é um cronista de uma estilístic­a absolutame­nte inovadora, desde o linguajar, estrutura frásica e estilo de humor”.

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DR Jornalista autografou dezenas de exemplares do segundo livro

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