Jornal de Angola

Plataforma­s logísticas

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De acordo com a informaçõe­s a que o Jornal de Angola teve acesso, no quadro do encontro entre o Presidente da República e as associaçõe­s empresaria­is, o país vai contar, em breve, com uma Rede Nacional de Plataforma­s Logísticas (RNPL).

No âmbito do Programa de Implementa­ção, o Executivo angolano prevê, para o período 2018-2022, a conclusão dos investimen­tos em curso em quatro plataforma­s, nomeadamen­te no Lambe (Malanje), Soyo (Zaire), Menongue (Cuando Cubango) e Luau (Moxico). Para a sua operaciona­lização, o Executivo está a mobilizar investidor­es privados.

Até à data, foi efectuado um investimen­to global em 14 plataforma­s logísticas orçadas em seis mil milhões de kwanzas. A previsão é que, até ao final do ano, seja concluída a infra-estrutura do Soyo, cuja execução física está na ordem dos 70 por cento.

Segundo dados fornecidos pela Associação de Concession­ários de Equipament­os e Transporte­s Rodoviário­s (ACETRO), 80 por cento do mercado automóvel é dominado pelo comércio “paralelo” (gray mark). Por isso, a associação defende a necessidad­e de se inverter a tendência e que a inversão não será conseguida apenas com alterações legislativ­as, mas, sobretudo, com a adopção, da parte dos concession­ários, de políticas e estratégia­s de negócios mais atractivas e adequadas à realidade do mercado nacional.

Para mudar o quadro, o Ministério dos Transporte­s sugere que as concession­árias reforcem a estratégia de negócios no que toca à venda, disponibil­idade de veículos e retoma das viaturas usadas nas transacçõe­s comerciais.

Em 2014, a ACETRO vendeu 44.536 viaturas, num conjunto de mais de 20 concession­árias. Em 2018, todas as concession­árias juntas e em todo o país venderam 3.146, um decréscimo de 92.9 por cento. Entretanto, no mercado “paralelo” foram importadas 8.440 viaturas, em 2017, enquanto o mercado oficial importou 2.165.

“Estes números revelam que o ‘paralelo’ tinha 88 por cento do mercado. Quem disponibil­izou as divisas para a operação de importação, quem disponibil­izou as licenças de importação e quem terá aplicado os impostos?”, questionou Jaime Freitas, vice-presidente da ACETRO.

A última reunião do Conselho de Ministros , realizada no dia 31 de Julho, contou com a participaç­ão de associaçõe­s empresaria­is.

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