Sectores público e privado devem estar unidos para a superação dos problemas
No seu discurso de abertura no Fórum com os Empresários Nacionais, aquilo que o Presidente da República, João Lourenço, chamou de “profundo reconhecimento (…) pela actividade dos empresários, por serem parceiros muito importantes do Executivo no esforço comum de desenvolvimento do país” é, de facto, a convicção de que a política em curso no país contempla a presença do sector privado como uma das bases de sustentação dos aspectos sociais e económicos que se pretende atingir.
Debater os interesses comuns e as tarefas que podem e devem ser desenvolvidas através de uma parceria público/privada, constitui importante passo para que todas as condições sejam criadas para a diversificação da economia, geração de postos de trabalho e também que este momento vivido no nosso país seja aproveitado para o desenvolvimento de soluções criativas, sólidas e inovadoras. Nesse sentido, a actividade empresarial em Angola deve ser estimulada e valorizada, e encontros entre governantes e empresários são salutares para isto.
Uma vez mais as medidas tomadas contra a corrupção e a impunidade foram ressaltadas como indispensáveis para remover os obstáculos à viabilidade do sector privado. Nas palavras do Presidente, “estes fenómenos distorcem por completo os princípios básicos da transparência e da justiça, desvalorizam a procura do mérito e da eficiência e colocam os menos capazes, os menos competentes a vingar e a prosperar na sociedade em detrimento daqueles que têm como principal capital a dedicação ao trabalho árduo e o respeito das regras da concorrência”.
O apelo feito aos empresários, para a construção de uma sociedade onde os bens, serviços e recursos gerados pelas empresas sirvam realmente a economia, ratificam a preocupação do executivo com a criação de riqueza e emprego no nosso país. São essas conquistas que permitirão que empresários e empresas cumpram o seu papel neste importante momento da vida económica de Angola. Daí a importância das medidas tomadas pelo executivo que visam combater a concorrência desleal e o branqueamento de capitais.
Os desafios dos empresários são grandes e o executivo sabe da importância das reformas em curso. Desde a preparação de medidas das políticas do Executivo para a economia nacional, tem havido este importante diálogo no âmbito do processo de inclusão da classe empresarial nas acções que visam combater a existência do ambiente de recessão económica e os consequentes níveis indesejáveis de desemprego em Angola. Esta compreensão é necessária, pois os problemas devem ser vistos como desafios de todos e o investimento privado é parte importante na superação dos mesmos.
Os investimentos nas infra-estruturas de água e luz, por exemplo, permitem que o empresariado nacional aplique com maior intensidade os seus recursos financeiros nas variadas actividades de indústria, comércio e serviços. Em suma, todos os ramos da nossa economia devem ser pensados e preparados para a superação dos problemas que vivemos. “As medidas no domínio fiscal, cambial, migratório, medidas de apoio à produção nacional, medidas de atracção e captação do investimento privado, medidas de apoio ao acesso ao crédito, entre outras, para tornar mais atractivas as condições para o investimento dos empresários nacionais e estrangeiros em Angola”, foram algumas das acções destacadas pelo Chefe do Executivo.
Angola é um país que oferece inúmeras oportunidades aos investidores. Ainda que seja muito importante que o investidor estrangeiro reconheça no nosso país um destino seguro, devemos todos perceber que também o investidor nacional deve ser estimulado a participar das iniciativas do Executivo, com o objectivo de mudar pela positiva o actual cenário no qual estamos inseridos. O Executivo está comprometido com os esforços para a dinamização da actividade económica privada, com destaque para o sector produtivo, pois é daí que surgem os postos de trabalho, a oferta de bens e serviços e, com isso, a redução das importações de produtos que podem, e devem, ser produzidos em solo angolano, mas que ainda chegam de outras paragens.
Devemos valorizar o facto de o Banco de Desenvolvimento de Angola ter sido orientado pelo Executivo no sentido de utilizar recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento para bonificar as taxas de juro para créditos destinados aos investimentos nos produtos prioritários definidos no âmbito do PRODESI. A necessidade de tornar a economia angolana mais sustentada e menos dependente do petróleo impõe o acesso ao crédito por parte dos empresários, pois as suas actividades devem ser estimuladas, por tudo o que representam para a economia.
O próprio Presidente da República foi conclusivo quanto ao papel do Executivo em todo este processo de fomento da economia do sector produtivo: “coordenar e regular o desenvolvimento económico do país”. Que esta busca por soluções, resultante das parcerias entre os sectores público e o privado, seja exitosa e capaz de dar as respostas que o nosso país e a nossa sociedade precisam para a superação dos actuais obstáculos. * Director Nacional de Comunicação Institucional. A sua opinião não engaja o MCS