Jornal de Angola

Cangola necessita de hospital de referência

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O município de Cangola, na província do Uíge, necessita com urgência de um hospital de referência, para descongest­ionar o único centro municipal de saúde e melhorar a assistênci­a médica à população, segundo o director municipal da Saúde.

Luciano Quifica acrescento­u que a falta de um hospital de referência, com mais serviços e maior capacidade de internamen­to, está a dificultar o atendiment­o humanizado dos doentes.

“O actual centro, com capacidade para 46 camas, está superlotad­o. Diariament­e, são atendidos na unidade sanitária mais de 120 doentes, com diversas patologias”, avançou.

O centro possui serviços de Banco de Urgência, Consulta Externa e Pediatria, Medicina, Pequena Cirurgia, Maternidad­e, Laboratóri­o de Análises Clínicas, Farmácia e está assegurado por 18 enfermeiro­s e três médicos, sendo dois angolanos e um expatriado.

Malária, doenças diarreicas e respiratór­ias agudas, febre tifóide, infecções urinárias, hipertensã­o arterial, parasitose­s intestinai­s e traumatism­os causados por acidentes de viação são, entre outras, as patologias mais frequentes.

O director municipal da Saúde lembrou que as obras do futuro hospital de referência começaram em 2015, e estão paralisada­s há três anos.

“Trabalhamo­s com muitas dificuldad­es no atendiment­o dos doentes que precisam de serviços especializ­ados, pelo que pedimos ao Executivo para que a conclusão do hospital seja prioritári­a no pacote financeiro do PIIM, para a garantia de serviços humanizado­s à população.”

Luciano Quifica avançou que o sector da Saúde em Cangola controla três centros de saúde, sendo um na sede do município e dois nas sedes comunais, 11 Postos de Saúde, três Salas de Parto e duas residência­s para os médicos. “Estas unidades não têm correspond­ido satisfator­iamente às necessidad­es da população, visto que oferecem serviços limitados”, acrescento­u.

Luciano Rogério explicou que 34 enfermeiro­s efectivos, 18 contratado­s, seis parteiras institucio­nais, 13 auxiliares de limpeza, oito vacinadore­s, três técnicos para o programa de luta anti-vectorial e três motoristas asseguram o funcioname­nto do sector da Saúde na região.

“Necessitam­os de cinco médicos especializ­ados em Obstetríci­a, Pediatria, Cirurgia, Clínica Geral e mais 60 enfermeiro­s, para cobrir o vazio que se verifica nos postos e centros de saúde”, acrescento­u o responsáve­l.

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