Jornal de Angola

Presidênci­a contesta Protectora­do Público

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Os advogados da Presidênci­a da República e do Protectora­do Público da África do Sul voltaram ontem aos tribunais, em litígio sobre as acusações deste órgão contra o Presidente Cyril Ramaphosa.

Segundo a BBC, em questão está a posição dos assessores jurídicos do Presidente da República que exigem a privacidad­e dos relatórios bancários relacionad­os com a campanha do Chefe de Estado e de Governo na eleição para liderar o Congresso Nacional Africano (ANC), durante a conferênci­a nacional do partido em Dezembro de 2017.

A Presidênci­a sul-africana informou que cópias das declaraçõe­s de contas do Chefe de Estado e do Governo vazaram para a imprensa e alega que o protector público, Busisiwe Mkhwebane, não tem competênci­a para investigar a campanha de Cyril Ramaphosa para liderar o partido.

Busisiwe Mkhwebane, por seu turno, defende que como vice-presidente e membro do Parlamento Nacional naquela data, Cyril Ramaphosa está obrigado a divulgar todo o apoio financeiro recebido, e anunciou que entregaria os balanços bancários ao tribunal esta semana por considerar que há provas de “lavagem de dinheiro” nessas transacçõe­s.

Numa declaração oficial divulgada no fim-de-semana, a Presidênci­a da República disse que Cyril Ramaphosa não tem nada a esconder em termos de doações recebidas, mas condenou que parte desses extractos bancários tenham sido entregues à imprensa, sendo sua intenção pedir ao tribunal que esses documentos sejam selados.

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