Jornal de Angola

Apelo ao combate ao tribalismo

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Na sua primeira visita ao interior de Cabinda como governador, Marcos Nhunga não se ficou pelos projectos sociais para melhorar as condições de vida das populações. Apelou também ao fim de práticas e tendências tribais.

No discurso para as populações de Belize, Cacongo e Buco-Zau, durante a sua apresentaç­ão como novo governador, Marcos Nhunga fez questão de condenar o “tribalismo e o regionalis­mo” e de apelar para a harmonia e unidade da população de Cabinda, em particular, e de Angola, de um modo geral. Garantiu que está na província para servir a todos por igual.

“O tribalismo e o regionalis­mo são dois males que impedem o desenvolvi­mento dos povos e, principalm­ente, dos países africanos”, sublinhou. Marcos Nhunga apelou ainda para necessidad­e de a sociedade civil, sem discrimina­ção de cor, raça, etnia, crença religiosa ou partidária, ajudar o Governo a combater o tribalismo e o regionalis­mo.

Asautorida­destradici­onaisereli­giosas, enquanto líderes das comunidade­s, foram também chamadas a contribuir, com mensagens de amor ao próximo, de modo a irradiar o tribalismo e a promover o respeito, a união e a irmandade.

“É preciso que o povo saiba e entenda que a província de Cabinda vai do Miconge ao Yema e de Massabi ao Zenze de Lucula, daí que somos todos um e único povo”, lembrou. O governador respondia às pessoas segundo as quais os cidadãos de Cabinda naturais de Maiombe estão agora melhor servidos, com a governação de Marcos Nhunga, por este ser natural de Buco-Zau.

“Como governador da província, não irei tolerar actos de tribalismo ou de intolerânc­ia, principalm­ente, evidenciad­os por membros do governo, que têm como principal missão servir o povo, sem discrimina­ção étnica, proveniênc­ia ou cor partidária”, advertiu.

O governador disse que “se está a criar a ideia de que, com a minha nomeação, haverá privilégio­s para um determinad­o grupo. Estão completame­nte enganados os que assim pensam. Estou aquiparase­rvirtodosp­origual”,assegurou.

Cabinda tem quatro municípios e sete grupos etno-linguistic­os: bawoyo, bakwacongo, bacotchi, balindgi, bayombe, bavili e bassundi.

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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Governador Marcos Nhunga apontou os caminhos para a melhoria da qualidade de vida das populações

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