Árabes contestam presença de forças dos EUA na região
O ministro
dos Negócios Estrangeiros iraquiano disse ontem que o Iraque e demais Estados árabes do Golfo não precisam que potências estrangeiras garantam a segurança da navegação no Golfo Pérsico.
Através da rede social Twitter, Mohammed al-Hakim considerou que tal só aumentaria as tensões regionais e afirmou que os países da zona são capazes de garantir a segurança da estratégica travessia.
A mensagem de Al-Hakim surgiu como resposta aos esforços da Administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para criar uma missão de segurança liderada pelos norteamericanos para operar no estreito de Ormuz, onde o Irão apreendeu recentemente alguns navios e é acusado de ataques a petroleiros nos últimos meses.
Os Estados Unidos pretendem que uma coligação internacional vigie e possa escoltar navios comerciais na zona. O Reino Unido disse na semana passada que se juntaria à missão, mas nenhum outro dos aliados dos EUA se comprometeu.
Al-Hakim salientou que a participação de Israel numa tal missão é inaceitável, embora se desconheça se Telavive foi convidado a participar. O Estreito de Ormuz é um ponto de passagem estratégico para o comércio mundial de petróleo.
Em 2018, cerca de 21 milhões de barris de petróleo circularam diariamente pelo Estreito, segundo a Agência de Energia norte-americana (EIA), o que representa cerca de 21 por cento do consumo mundial daquele hidrocarboneto e um terço do que transita por via marítima no mundo.