Parques nacionais com gestão partilhada
O Governo adoptou um modelo de gestão partilhada dos parques nacionais que consiste na divisão de responsabilidades com parceiros privados, com vista a garantir maior valorização e o envolvimento directo das comunidades.
O modelo adoptado atribui às autoridades angolanas a definição da estratégia e dos objectivos e aos parceiros a mobilização de recursos financeiros e tecnologias para garantir a sustentabilidade dos parques nacionais.
O director-geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), Aristófanes Pontes, considerou ao Jornal de Angola que o novo modelo de gestão valoriza o envolvimento das comunidades autóctones através de acções de formação em diferentes áreas do saber relacionadas ao ambiente e ao turismo.
O Executivo pretende dar prioridade à implementação do novo sistema de gestão dos parques nacionais situados nas zonas fronteiriças do Luengue-Luiana, no Cuando Cubango, e Yona, no Namibe. “Angola ganha uma preciosa oportunidade de colocar a rica biodiversidade ao serviço da economia para o bem-estar dos seus cidadãos, seguindo o exemplo dos países vizinhos que têm uma vasta experiência em gestão partilhada dos parques nacionais e áreas de conservação”, disse.
A implementação do sistema de gestão nas referidas zonas justifica-se pelo facto de existirem parques bastante desenvolvidos que fazem parte do roteiro turístico internacional, contribuindo de forma decisiva para a arrecadação de importantes receitas para o orçamento da Namíbia.
Para a adopção da “co-gestão dos parques nacionais”, como o projecto é designado, Angola pretende firmar parceria com empresas internacionais de reconhecida idoneidade, geralmente integradas na plataforma International Conservation Caucus Foundation (ICCF), uma fundação que participa na gestão de 15 parques nacionais e áreas de conservação em nove países da África Austral e da região dos Grandes Lagos.