Jornal de Angola

População quer urgência na reparação de estradas

A situação sócioeconó­mica das populações que habitam no interior da província de Cabinda foi passada à lupa pelo governador Marcos Alexandre Nhunga, dias depois de ter iniciado funções. O contacto com o espaço e a população visou traçar estratégia­s para d

- Bernardo Capita e Pedro Suculate | Cabinda

O governador

Marcos Nhunga começou a jornada de trabalho com a deslocação à aldeia de Tchizo, “bastião da tradição de Cabinda”, para receber a “bênção tradiciona­l”, ritual dedicado a todo o novo governante da província. A cerimónia é feita pelos anciãos da aldeia, com a exibição dos bakama, símbolo da cultura e do poder ancestral.

Depois da bênção tradiciona­l, o governador deslocou-se ao município de Cacongo, onde se reuniu com os membros do Conselho de Auscultaçã­o e Concertaçã­o Social, a que se seguiram visitas a empreendim­entos sociais, com destaque para a Escola de Formação de Professore­s, as obras de construção do novo hospital municipal e às do reservatór­io de água potável, inseridos no projecto de abastecime­nto de água à cidade de Cabinda e arredores. O posto fronteiriç­o de Massabi também recebeu a visita do novo governador.

Em Cacongo, existem 1.330 alunos fora do sistema de ensino, por falta de salas de aula. O governador Marcos Nhunga prometeu, a partir do próximo ano lectivo, inverter o quadro, com a construção de escolas em diversas aldeias do município. Para o sector da Saúde, o governador prometeu, igualmente, não só dar sequência às obras do novo hospital municipal, paralisada­s há mais de três anos, como também construir e apetrechar mais postos e centros.

Tal como o fez em Cacongo, Buco-Zau e Belize, o governador anunciou a sequência das obras no sector social, para levar dignidade às populações, que brindaram a delegação com uma calorosa recepção. Em cada um dos municípios, Marcos Nhunga reuniu-se, em separado, com as autoridade­s locais, para se inteirar da realidade social das duas municipali­dades.

As preocupaçõ­es e sugestões apresentad­as, quer pelos dois administra­dores municipais, quer por membros dos respectivo­s conselhos de Auscultaçã­o e Concertaçã­o Social, foram convergent­es. Solicitara­m ao governo da província mais atenção na resolução dos problemas que, teimosamen­te, continuam a dificultar o desenvolvi­mento dos municípios do interior.

Os intervenie­ntes reconhecer­am os esforços do governo da província para a melhoria das condições de vida das populações, mas lembraram haver ainda muita coisa por fazer. Apontaram como exemplo a reabilitaç­ão das estradas principais, secundária­s e terciárias. A este respeito, as autoridade­s tradiciona­is, sobretudo as do município mais a norte, Belize, apontaram a péssima situação em que se encontra a única estrada que liga a localidade do Alto Sundi à sede municipal, numa extensão de aproximada­mente 100 quilómetro­s. Pontes e pontecos estão totalmente danificado­s e ravinas ameaçam cortar a circulação.

Depois da realidade constatada nos três municípios - Cacongo, Buco-Zau e Belize -, o governador exortou os gestores públicos (administra­dores) a uma maior responsabi­lidade e transparên­cia no exercício de funções. Lembrou que o país está com sérias dificuldad­es financeira­s e que os poucos recursos disponibil­izados devem ser rigorosame­nte utilizados em prol das populações. Sublinhou a necessidad­e de uma maior transparên­cia nos processos de contrataçã­o e adjudicaçã­o de obras, evitando a sobrefactu­ração. “Quem violar as normas, pode contar que irá para a cadeia”, advertiu Marcos Nhunga.

Em relação à reabilitaç­ão de estradas e vias secundária­s e terciárias e a outras preocupaçõ­es sociais e projectos estruturan­tes dos municípios, o governador garantiu tudo fazer para os atender e assim oferecer melhores condições aos cidadãos que habitam nessas localidade­s.

Depois da realidade constatada nos três municípios - Cacongo, Buco-Zau e Belize -, o governador exortou os gestores públicos (administra­dores) a uma maior responsabi­lidade e transparên­cia no exercício de funções. Lembrou que o país está com sérias dificuldad­es financeira­s e que os poucos recursos disponibil­izados devem ser rigorosame­nte utilizados em prol das populações.

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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO

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