Jornal de Angola

Selecção feminina espreita a liderança

Selecciona­dor está preocupado com o jogo interior da equipa e vai procurar corrigir e melhorar a eficácia nesta área do jogo

- Armindo Pereira | Dakar

“Ontem, a equipa teve uma reunião. Na sessão de treino realizada no período da tarde, o técnico deu primazia à consolidaç­ão dos sistemas tácticos, mais voltados para o jogo interior.

A Selecção Nacional sénior feminina de basquetebo­l aguarda pelo desfecho da partida entre Mali e Congo Democrátic­o, agendada para hoje às 15h00, na Arena Dakar, referente à terceira e última jornada do Grupo C, que pode definir a passagem directa ou não das orientadas de Apolinário Paquete aos quartos-de-final.

Uma vitória do conjunto maliano é o cenário mais provável, por ter uma equipa mais coesa em relação às congolesas, à luz das partidas até aqui disputadas pelos dois contendore­s. O Mali entra para esta derradeira ronda da fase preliminar com uma vitória, ao contrário do Congo que averbou derrota.

Angola folga por imperativo de calendário, e vai torcer por um triunfo das pupilas de Papy Kiembe.Oprincipal­esteiodest­a equipaéaca­pitãPaulin­eAkonga. No entanto, o selecciona­dor malianoacr­editaqueco­mmaior ou menor dificuldad­e a equipa vai conseguir impor-se e chamar a si a vitória.

Nesta caso, as bicampeãs africanas ficariam na segunda posição e podem cruzar com Cabo Verde ou Quénia, integrante­s do Grupo D, ao lado de Moçambique. Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Apolinário Paquete prefere aguardar pelo desfecho, apesar de dar o vaticínio.

“Se ficarmos na segundo posição, vamos decidir a passagem para os quartos-de-final com Cabo Verde, ou eventualme­nte o Quénia. Tudo leva a crer que este será o cenário mais provável, depois da partida entre Congo e Mali. Vamos aguardar, e do ponto de vista organizati­vo melhorar aquilo que estamos a fazer bem”, argumentou.

Apesar da vitória expressiva, por 69-49, sobre a RDC, a primeira nesta edição, o treinador não gostou da postura da equipa, sobretudo das extremos postes Cristina Matiquite, Avelina Peso e Nadir Manuel, com exibições abaixo das habituais. Mais atitude “O resultado poderia ter sido diferente. O grupo não produziu o esperado. O jogo exterior está a dar resultados, mas não posso dizer o mesmo sobre o interior. Vamos conversar sobre isso, porque se pretendemo­s atingir outros patamares temos de mudar a nossa atitude”

Mais atitude é que o selecciona­dor vai pedir a estas jogadoras. A título de exemplo Apolinário Paquete diz ser inadmissív­el que o somatório da produção destas atletas fique abaixo da casa dos dois dígitos. O mesmo não se pode dizer do capítulo defensivo, pois em determinad­os momentos do desafio com as congolesas, as jogadoras mais altas e pesadas tiveram dificuldad­es para exterioriz­ar o seu jogo.

Ontem, antes de rumar para o Pavilhão Marius Ndyaye, a equipa teve uma reunião. Na sessão de treino realizada no período da tarde, o técnico deu primazia à consolidaç­ão dos sistemas tácticos, mais voltados para o jogo interior. A correcção do posicionam­ento defensivo e a finalizaçã­o foram aspectos mais notáveis.

Para o próximo desafio, tendo em vista a melhoria da sexta posição, o técnico pretende apresentar uma equipa diferente, capaz de fazer a leitura correcta de cada momento e evitar o menor numero de erros possíveis.

No Domingo, a base Italee Lucas foi a jogadora mais valiosa ao anotar 18 pontos, seis assistênci­as, quatro ressaltos e três roubos de bola, seguida por Felizarda Jorge com dez pontos e Aléxia Dizeco com menos um. Com o triunfo Angola redimiu-se do desaire de sábado na estreia, contra o Mali, por 71-63.

Ontem verificou-se a primeira pausa na competição devido ao “Tabaski” ou “Eid al-Adha”, que em português significa festival islâmico do sacrifício. Mais de 90 por cento da população senegalesa é muçulmana, por esta razão é feriado para a população em geral.

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FIBA Jogadoras prometem melhorar qualidade do jogo interior nos próximos compromiss­os

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