Jornal de Angola

Morreu Amélia Mingas

- Manuela Gomes

Representa­ntes de organizaçõ­es da sociedade civil da Comunidade de Desenvolvi­mento dos Países da África Austral (SADC), discutem desde ontem, em Luanda, a elaboração de uma estratégia definitiva para o combate à degradação dos ecossistem­as, pobreza e mitigação dos efeitos das alterações climáticas.

O Fórum de Diálogo da Sociedade Civil visa dar resposta aos desafios da construção da resiliênci­a para as alterações climáticas, acesso básico à água, saneamento, saúde, educação e segurança alimentar, diversific­ação de rendimento, segurança civil, espaço para paz e conservaçã­o da biodiversi­dade.

Em declaraçõe­s à imprensa, o coordenado­r da iniciativa Great Green Wall, Elvis Paul, disse que pretende-se, com este encontro, transmitir os conhecimen­tos e a experiênci­a dos países da região austral do continente africano.

"Pretendemo­s transmitir o conhecimen­to para fortalecer o combate aos efeitos nefastos das alterações climáticas e não só, a nível da região da SADC e colher o contributo da sociedade", referiu.

Com a elaboração da estratégia, disse, pretende-se impedir a erosão do solo, travar o avanço dos desertos e capacitar as populações que residem próximo destas zonas para terem maior resiliênci­a às alterações climáticas.

O director nacional do Ambiente, Nascimento Soares, disse ter consciênci­a das actuais dificuldad­es financeira­s que os países enfrentam, sobretudo na materializ­ação e implementa­ção dos programas. Defendeu, no entanto, "a criação de soluções sustentáve­is" para a melhoria da qualidade de vida das populações no continente e na região da SADC, em particular.

Nascimento Soares disse que Angola tem exercido uma forte liderança na defesa do ambiente, sobretudo na preservaçã­o da biodiversi­dade e no alargament­o das áreas de conservaçã­o, cumprindo com as convenções e metas internacio­nais.

Acrescento­u que Angola vai aprovar a Estratégia Nacional de Biodiversi­dade e Áreas de Conservaçã­o, assim como tem finalizada a elaboração da Estratégia Nacional das Alterações Climáticas.

“O país tem trabalhado na busca de soluções para redução dos impactos das alterações climáticas, tendo em conta os recentes episódios de casos de seca na região sul de Angola”, precisou.

Além disso, continuou, Angola aprovou o Programa Nacional de Combate à Desertific­ação que orienta as acções a serem realizadas no âmbito da contenção do alastramen­to do deserto do Namibe.

O representa­nte da Rede Ambiental Maiombe, Rafael Neto, reconheceu que o ambiente e o desenvolvi­mento sustentáve­l têm assegurado o aproveitam­ento equitativo e sustentáve­l dos recursos ambientais, para o benefício das gerações presentes e futuras.

“Precisamos colocar em prática estes planos, daí a razão da construção de barragens, quer no rio Cunene, quer no Cuvelai que permitiram regular a distribuiç­ão de água em várias zonas da província.”

Rafael Neto considerou necessária a implementa­ção de um sistema de gestão integrado de recursos hídricos, sobretudo na gestão das bacias hidrográfi­cas, com foco na cooperação transfront­eiriça.

“É necessário que se reduza a vulnerabil­idade dos mais pobres, garantir que os países mais pobres do mundo cresçam em, pelo menos, sete por cento ao ano e que, em 2030, todos atingem metas desejáveis e indicadore­s mensurávei­s.”

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Degradação dos ecossistem­as no centro das preocupaçõ­es

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