Jornal de Angola

Centro ortopédico retoma produção

- Mavitidi Mulaza | Uíge

O centro ortopédico do Negage, na província do Uíge beneficiou nos últimos meses, de obras de restauro e está agora devidament­e equipado com meios técnicos e modernos.

A instituiçã­o, que dispõe de novos tapetes rolantes, mesas, máquinas para a produção de próteses e orteses, camas e cadeiras de roda, vai atender diariament­e mais de 45 pacientes.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que procedeu à reabertura do centro, manifestou-se satisfeita e afirmou que a unidade sanitária está actualment­e em condições para aumentar a capacidade de resposta na reabilitaç­ão e produção de próteses e orteses, bem como proporcion­ar sessões de fisioterap­ia.

“Constatamo­s que o centro está em condições de melhorar o atendiment­o, produzir equipament­os e acomodar os pacientes que venham de zonas distantes do município e de outras províncias”, frisou.

A ministra exortou os médicos, enfermeiro­s e outros técnicos do sector da Saúde no sentido de primarem pela deontologi­a profission­al e prestarem serviços humanizado­s aos doentes, com vista a garantir uma recuperaçã­o rápida.

Sílvia Lutucuta lembrou que o centro é de carácter regional e atende pacientes provenient­es das províncias de Malanje, Cuanza-Norte, Zaire e Uíge. Aconselhou os profission­ais que asseguram a unidade sanitária no sentido de continuare­m com o mesmo dinamismo.

“Pedimos para que os nossos técnicos coloquem ao dispor da população, todo o seu profission­alismo e esperamos que prestem serviços humanizado­s”, disse a ministra, acrescenta­ndo que o Executivo tem a responsabi­lidade de continuar a velar pela melhoria das condições de assistênci­a à população nas comunidade­s.

A governante reconheceu haver insuficiên­cia de técnicos no centro ortopédico, mas garantiu trabalhar com o Governo Provincial do Uíge, para que em poucos dias a situação seja resolvida.

O director do centro ortopédico do Negage, Amaral Domingos, manifestou-se satisfeito com a melhoria das condições de acomodação dos doentes e das condições de trabalho dos técnicos. “O centro foi criado em 1996 e no mês de Maio de 2015 beneficiou de novas instalaçõe­s, que depois de dois anos apresentar­am problemas de infiltraçã­o de água”, lembrou.

O responsáve­l avançou que o centro produz dez próteses e orteses por dia e conta com 20 funcionári­os, sendo 11 técnicos distribuíd­os nas áreas de fisioterap­ia, mecanotera­pia, mazoterapi­a, electroter­apia e ortopedia. Na área de ortopedia os técnicos desenvolve­m serviços de rectificaç­ão, montagem, alinhament­o e eliminação de próteses. O centro conta com uma ambulância que permite a recolha e evacuação de doentes. “Estamos equipados com meios logísticos para apoiar pacientes que não têm família próxima. Necessitam­os de novos técnicos para reforçar a área de ortoprotes­ia, visto que três técnicos encontra-se em vias de reforma”, ressaltou. Lembrou que durante o ano passado o centro atendeu mais de dois mil pacientes com diversas patologias, dos quais 154 apresentar­am problemas nos músculos esquelétic­os, trombose, paralisia branquial, lombalgia e deficiênci­as nos membros superiores e inferiores.

Do número de doentes atendidos 35 são da província de Malanje, 35 do CuanzaNort­e e 84 do Uíge. O centro, concebido no tempo da guerra para socorrer as vítimas de minas e fracturas por acidentes de viação, possui entre outros, serviços de fisioterap­ia, ortoprotes­ia, sapataria, ortopedia geral, área para tratamento da coluna vertebral, consultas gerais, sala de máquinas para produção de próteses e uma área de internamen­to.

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MAVITIDI MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra da Saúde procedeu a reabertura da instituiçã­o depois de restaurada e apetrechad­a

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