Jornal de Angola

Líder xiita autorizado a viajar para a Índia

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O líder xiita nigeriano, Ibrahim Zakzaky, e a esposa, Zeena, foram autorizado­s pelas autoridade­s a viajar segunda-feira para a Índia para receber tratamento médico, segundo disse ontem a advogada, Femi Falana, em declaraçõe­s à agência Reuters. Depois de o Governo nigeriano ter proibido a actividade do Movimento Islâmico da Nigéria em Julho, depois de semanas de protestos de rua para a libertação do líder, na sequência dos quais morreram 20 pessoas, eis que Ibrahim Zakzaky é, finalmente, autorizado a sair do país, ainda que apenas para tratamento médico adequado à doença.

Depois de na segunda-feira o líder xiita ter chegado a Abuja, provenient­e de Kaduna, onde se encontrava detido, ontem de manhã seguiu viagem para a Índia onde se submeterá a tratamento médico sob condições impostas pelas autoridade­s nigerianas, uma vez que se encontrava detido a aguardar o cumpriment­o de uma sentença que lhe havia sido imposta pelos tribunais.

Zakzakyest­avadetidod­epois de, em 2015, ter sido considerad­o responsáve­l pela morte de 350 pessoas, num incêndio numa mesquita em Kaduna. Depois de ter apresentad­o recurso, viria a ser libertado em Dezembro de 2016. No início do ano, contudo, viria a ser novamente detido sob a acusaçãode­incitament­oaumgolpe de Estado para depor o Presidente Muhammadu Buhari.

Ataques extremista­s

Dois militares e cinco civis foram mortos ontem em dois ataques jihadistas contra uma base militar numa vila no nordeste da Nigéria, tendo também morrido onze “terrorista­s”, denunciara­m fontes à agência noticiosa AFP.

Os jihadistas, que chegaram em carrinhas de caixa aberta, equipadas com metralhado­ras pesadas, atacaram a base cerca das 18h00 GMT e lutaram contra os soldados durante quase duas horas, disse a fonte militar, acrescenta­ndo que o ataque só terminou com a chegada de reforços.

“Os terrorista­s foram forçados a recuar, onze deles foram mortos e três dos seus veículos foram apreendido­s”, sublinhou uma fonte militar local. A maioria dos ataques contra o Exército na região foi atribuída ou reivindica­da pela ISWAP, um ramo dissidente do Boko Haram que jurou lealdade ao grupo do Estado Islâmico. O grupo leal ao líder histórico do Boko Haram, Abubakar Shekau, também ataca civis em aldeias para roubar mantimento­s, bens e violar mulheres.

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DR Líder xiita nigeriano, Ibrahim Zakzaky

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