Jornal de Angola

Movimento já originou várias denúncias

-

Muitas das pessoas admitiram sentir-se fortalecid­as pelo movimento #MeToo e decidiram que a maneira mais eficaz de atacar a má conduta sexual na indústria era denunciar o comportame­nto da figura mais proeminent­e da ópera.

Em Agosto do ano passado, o maestro titular da Orquestra Real do Concertgeb­ouw, na Holanda, Daniele Gatti, foi afastado do cargo, depois de reveladas acusações de que teria atacado duas mulheres no seu camarim. Meses depois, foi contratado para a Ópera de Roma.

Outro maestro, Charles Dutoit, foi afastado de várias orquestras com que colaborava, na sequência de denúncias de conduta imprópria ao longo de mais de duas décadas. Passado pouco tempo, tornou-se maestro convidado da Filarmónic­a de São Petersburg­o.

Também James Levine foi afastado pela Ópera Metropolit­ana de Nova Iorque, sem que se conheçam novas ocupações do maestro.

Em Dezembro de 2017, as pessoas que denunciara­m casos de assédio e abuso sexual, num movimento colectivo denominado #MeToo, surgido nos Estados Unidos, foram nomeadas “Personalid­ade do Ano” pela revista norte-americana“Time”.

Um dos casos mais mediáticos envolveu o produtor norte-americano Harvey Weinstein, acusado de assédio e abuso sexual por mais de 80 mulheres, entre elas várias estrelas de Hollywood, como Gwyneth Paltrow, Ashley Judd e Angelina Jolie.

Depois destas denúncias, através de investigaç­ões pelo jornal “The New York Times” e da revista “The New Yorker”, Harvey Weinstein foi despedido da empresa que co-fundou e expulso de várias associaçõe­s e organizaçõ­es, nomeadamen­te da Academia de Hollywood.

Entre os acusados de assédio e abusos sexuais, mas também de má conduta sexual, estão actores como Kevin Spacey e Dustin Hoffman, o ex-Presidente da Amazon Studios Roy Price, os realizador­es Brett Ratner e James Toback, os jornalista­s Charlie Rose, Glenn Thrush e Matt Lauer, o fotógrafo Terry Richardson e o comediante norte-americano Louis C.K.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola