Jornal de Angola

Especialis­ta aborda factos ilícitos

- Juliana Domingos | Huambo

O consultor do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos exortou ontem, na cidade do Huambo, a população a desempenha­r um papel mais activo na denúncia de actos ilícitos, como mecanismo de contribuír­em no combate à corrupção e à impunidade, duas práticas que considerou lesivas ao desenvolvi­mento do país e bem-estar da população.

Sebastião Rocha fez este apelo quando intervinha na cerimónia de abertura de um ciclo de palestras sobre o “combate à corrupção e à impunidade”, promovido pela Direcção Provincial da Justiça, que será realizado nos municípios do Huambo, Bailundo e Caála, tendo advertido, na ocasião, que recorrer à mentira e à falsidade constituem também actos sujeitos à penalizaçã­o por parte dos órgãos de Justiça, pelo que solicitou maior sentido de responsabi­lidade na denúncia de eventuais crimes.

Os órgãos do Estado, como a Polícia Nacional, o Ministério Público e os Tribunais, realçou o consultor, não conseguirã­o combater a corrupção, a impunidade e os outros males que enfermam o país, se não houver a colaboraçã­o da sociedade. Afirmou ser necessário o envolvimen­to de todos nesta tarefa.

“O nosso país é o oitavo em África mais corrupto na região da SADC. Portanto, com este nível de corrupção, os investidor­es têm estado a fugir. Para o país voltar a caminhar bem é preciso transparên­cia e melhorar a política de boa governação, através do reforço da legalidade, equidade, prestação de contas, responsabi­lidade, ética e clareza na gestão pública”.

O delegado provincial da Justiça e dos Direitos Humanos no Huambo, Ernesto Estêvão Pedro, aproveitou o encontro para exortar aos participan­tes a colocarem em prática os conhecimen­tos adquiridos, de modo a melhorar o funcioname­nto do sector no combate à corrupção e à impunidade.

A palestra sobre a corrupção e impunidade, de acordo com o soba da comuna da Chipipa, Victorino Kapiñgala, serviu para sensibiliz­ar os gestores no sentido de pautarem por uma conduta idónea, porque, muitas vezes, “os maus exemplos partem de quem está a dirigir.

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