Jornal de Angola

INE realiza estudo sobre desemprego

- César Esteves

Um inquérito, para determinar o índice de emprego e desemprego em Angola, está em curso desde o dia 15 de Abril deste ano, devendo os dados serem divulgados até finais deste mês.

Conduzido pelo Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), o estudo, conhecido oficialmen­te como “Inquérito ao Emprego em Angola” (IEA), vai decorrer até 2021 e conta com o financiame­nto do Banco Mundial, cujo montante não foi revelado.

Diferente das anteriores pesquisas, que tiveram a mesma finalidade, conduzidas pelo INE, esta vai ter uma periodicid­ade trimestral. Sílvio de Carvalho, chefe de Departamen­to de Informação e Difusão do INE, disse ao Jornal de Angola que os resultados produzidos por este inquérito vão permitir ao Executivo avaliar o cumpriment­o das políticas públicas e as metas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022.

Os dados do período referente ao segundo trimestre (Abril a Junho) já foram recolhidos, estando, neste momento, em análise, para serem divulgados no final deste mês.

Para a realização do primeiro estudo, o Instituto Nacional de Estatístic­a inquiriu, dos 10.944 agregados selecciona­dos, cerca de 10.301, perfazendo uma taxa de resposta de 94 por cento. O levantamen­to mais recente sobre a taxa de desemprego no país, referente ao período de Março de 2018 até Fevereiro de 2019, feito pelo INE, em Abril deste ano, mostra que a população desemprega­da em Angola esteve estimada em 3.675.819, sendo 1.625.529 homens e 2.050.290 mulheres.

De acordo com os dados, que vêm no Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA), a taxa de desemprego no país, no período em referência, foi de 28,8 por cento.

A área urbana, com uma taxa de desemprego na ordem dos 36,5 por cento, contra os 16,2 da rural, foi a mais afectada. Sílvio de Carvalho ressaltou que a população está a aderir em massa ao inquérito, mas, ainda assim, não satisfaz o INE, razão pela qual apela às famílias para receberem os técnicos e fornecerem os dados que solicitare­m.

“Temos tido mais sucesso nas áreas rurais do que nas urbanas”, frisou, para acrescenta­r que a parceria com o Banco Mundial vai até 2021, com a possibilid­ade de se estender até 2022.

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