“Fantasmas” chegam aos sobas
As autoridades estimam que existam, em Angola, mais de 40 mil sobas, muitos dos quais “fantasmas”, que custam ao Estado, todos os meses, cerca de 800 milhões de kwanzas em subsídios. Este número dá uma média de 2222 sobas por província e 243 por município. É a “febre” dos subsídios fáceis a chegar aos sobas.
As autoridades estimam que existam, em Angola, mais de 40 mil autoridades tradicionais, muitas das quais fantasmas, que custam ao Estado, todos os meses, cerca de 800 milhões de kwanzas em subsídios.
Os dados foram revelados pela directora nacional das Comunidades e das Instituições do Poder Tradicional de Angola, Rosa Melo, que avançou a necessidade de um recadastramento destas individualidades.
Rosa Melo referiu que o Estado angolano se propôs, pela primeira vez, legislar as acções do poder tradicional no país para melhor controlo das actividades desenvolvidas. “O que nos interessa aqui é vermos como as autoridades tradicionais irão trabalhar doravante, o que as autoridades têm de fazer ou tentar adequar ao seu ‘modus operandi’, mas estamos aqui também para tentar salvaguardar aqueles que são os interesses dessas instituições”, explicou.
A situação actual das autoridades tradicionais no país é marcada por uma “forte dependência” do Estado, referiu, sublinhando que as autoridades queixam-se que os subsídios são fracos.
“Como é que vamos resolver as nossas necessidades. A questão que se coloca é será que as autoridades tradicionais devem depender do Estado?”, questionou.