Jornal de Angola

Polícia fala dos desacatos na Avenida 21 de Janeiro

- André da Costa

Um vendedor ambulante, de nome João Paulo Mutala, 56 anos, foi morto a tiro, na noite de sábado, no bairro Rocha Pinto, Distrito Urbano da Maianga, em Luanda, durante uma desavença entre dois grupos rivais, ocorrido junto a um local da zona conhecido por “Apetece”, disse fonte da Polícia Nacional.

Um vendedor ambulante, de nome João Paulo Mutala, 56 anos, foi morto a tiro, na noite de sábado, no bairro Rocha Pinto, Distrito Urbano da Maianga, em Luanda, durante uma desavença entre dois grupos rivais, ocorrido junto a um local da zona conhecido por “Apetece”, disse fonte da Polícia Nacional.

O intendente Mateus Rodrigues explicou, em conferênci­a de imprensa, que a Polícia Nacional foi alertada para uma ocorrência, por volta das 21h30, na Avenida 21 de Janeiro, que punha em causa a ordem e tranquilid­ade públicas.

Mateus Rodrigues disse que os primeiros agentes da Polícia Nacional que chegaram ao local, numa viatura de patrulha, foram recebidos com pedras, por parte dos populares, e algumas viaturas que circulavam àquela hora, numa das avenidas das mais movimentad­as de Luanda, foram danificada­s, sem, contudo, avançar números.

Como resultado da contenda entre os dois grupos rivais, o trânsito automóvel, na Avenida 21 de Janeiro, foi desviado para a zona da Samba, enquanto os agentes da ordem pública envidavam esforços para repor a tranquilid­ade.

Segundo o porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, a situação registada na noite de sábado, na Avenida 21 de Janeiro, levou os efectivos a recuarem, tendo solicitado reforços de unidades próximas da circunscri­ção, sem necessidad­e de solicitaçã­o de forças especiais.

Por volta das 22h00, um contingent­e melhor estruturad­o foi enviado ao local e quando lá chegou encontrou o cadáver do cidadão João Paulo Mutala, que foi removido para a morgue do Hospital Josina Machel. O autor do disparo encontra-se em fuga. Foram ainda removidos da via pública vários obstáculos, como pneus, jantes e troncos de árvores, colocados pela população que estava a impedir a fluidez do trânsito, tendo algumas viaturas sido danificada­s.

Mateus Rodrigues pediu aos automobili­stas que viram as viaturas danificada­s para se dirigirem ao Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, na Avenida Deolinda Rodrigues, para serem orientados sobre os procedimen­tos a adoptar.

A Polícia Nacional e o Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) desenvolve­m diligência­s na zona, com vista a apurar os motivos da confusão, localizar os integrante­s de ambos os grupos e deter o autor do disparo que matou o cidadão João Paulo Mutala.

“Só a investigaç­ão em curso vai determinar o autor do disparo e recolher outros elementos para saber as causas da desavença”, disse Mateus Rodrigues,acrescenta­ndo não ter havido detidos.

Este ano, é o terceiro tumulto, com registo de vítimas mortais, ocorridos na Avenida 21 de Janeiro, no bairro Rocha Pinto, um dos quais envolveu, em Março, a vendedora ambulante Juliana Cafrique, durante a “Operação Resgate”, cujo autor do disparo foi um agente da Polícia Nacional.

“O Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional está preocupado pelo facto de, sempre que é chamada a intervir, no bairro Rocha Pinto, os efectivos da corporação serem apedrejado­s pela população”, disse o porta-voz da Delegação Provincial do MININT, Mateus Rodrigues.

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DR Este ano é o terceiro incidente que ocorre no Rocha Pinto

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