Executivo faz diagnóstico sobre o sector industrial
O ministro da Economia e Planeamento, Manuel Neto da Costa, disse, ontem, à imprensa, em Dar es Salaam, que Angola está a fazer um “exaustivo diagnóstico” sobre o sector industrial, no quadro do programa de avaliação da implementação da estratégia “Angola 2025”, para que seja ajustado às iniciativas regionais. Este foi um dos principais assuntos discutidos na 39ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, que decorreu, no sábado e domingo, na Tanzânia.
Para os 16 estadistas da SADC, os sectores industrial bem como o comércio intraregional e das infra-estruturas são os elementos catalisadores para impulsionar o desenvolvimento sustentável do bloco regional e de fomento do auto-emprego.
Manuel Neto da Costa, que fazia o balanço dos assuntos discutidos, disse que todos os países que integram o bloco regional debatem-se com sérios problemas financeiros e vezes há que não conseguem pagar as contribuições para o funcionamento da organização.
Segundo o ministro, é necessário criar um ambiente propício para a actividade económica e a estabilidade do ponto de vista contratual. Sobre a adesão de Angola à Zona de Livre Comércio, declaram que os ministérios do Comércio e da Indústria estão a trabalhar na avaliação do potencial que o país possui para produzir para o mercado interno e exportação, e assim aderir “o mais rápido possível”. “Estamos a criar um ambiente propício para, à medida que a nossa capacidade produtiva efectiva aumente, diminuirem as barreiras comerciais, porque os produtos do agro-negócio são muito importantes, além de outros recursos florestais e mineiros que podem ser industrializados”, sublinhou.
Em relação às infra-estruturas de apoio às actividades de livre comércio, disse, o assunto foi amplamente discutido na reunião do Conselho de Ministros e a nível dos Chefes de Estado e de Governo. Concluiu-se que se devem criar condições de mobilidade para a redução dos custos de investimento privado.
O novo presidente da SADC em exercício, John Magufuli, elegeu a industrialização como o principal “cavalo de batalha” e defendeu a necessidade de haver maior intercâmbio entre os Estados-membros na divulgação das potencialidades para o empoderamento da produção agrícola e industrial.