Jornal de Angola

Declarante confirmou a retirada de material

- Edna Dala

O chefe da Direcção de Guerra Electrónic­a do Serviço de Inteligênc­ia e Segurança Militar (SISM), Alberto Noé Alfredo, afirmou ontem, em tribunal, que o general José Maria, levou mapas, quadros e livros, sob alegação de que tudo era sua pertença. Alberto Noé Alfredo depôs em tribunal como declarante.

O representa­nte da União Europeia em Angola, Tomas Ulicny, reconheceu ontem, em Luanda, que o país registou, nos últimos dois anos, uma série de avanços positivos em matéria de direitos humanos e democracia.

O reconhecim­ento foi feito, no Instituto Camões, durante o acto alusivo ao 30º aniversári­o da Convenção dos Direitos Humanos, durante o qual o diplomata disse que se tem assistido a um recrudesci­mento de violações dos direitos humanos um pouco por todo o mundo.

“Os dois últimos anos foram importante­s, pois Angola registou uma série de desenvolvi­mentos positivos em matéria de direitos humanos e da democracia”, afirmou. Tomas Ulicny sublinhou que a dignidade e os direitos humanos universais só podem ser vividos colectivam­ente no contexto de um ordenament­o político adequado que permita o acesso colectivo a recursos essenciais de alimentaçã­o, vestuário, habitação e direito à educação, em particular às crianças, cuja vulnerabil­idade é maior.

Ulicny reafirmou que a União Europeia está fortemente empenhada na promoção e protecção dos direitos humanos, na democracia e no Estado de Direito em todo mundo, incluindo Angola. Com efeito, o checo ao serviço da União Europeia (UE) anunciou que esta organizaçã­o tem reservados seis milhões de euros para as organizaçõ­es da sociedade civil, com vista a promover a democracia participat­iva local.

Tomas Ulicny esclareceu que o valor aprovado vai ser aplicado no programa de apoio e fortalecim­ento da sociedade civil, com vista a promover a realização das autarquias no país, no próximo ano.

O responsáve­l da UE referiu-se, igualmente, ao projecto “Transferên­cia monetária”, que está numa fase experiment­al em três províncias, nomeadamen­te Moxico, Uíge e Bié, destinado aos grupos mais vulnerávei­s. O projecto, orçado em nove milhões de euros, vai permitir que 12 milhões de famílias vulnerávei­s passem a auferir um montante entre 23 a 26 mil kwanzas num período entre dois a três meses, para começarem com pequenos negócios.

A directora adjunta do Instituto Nacional da Criança (INAC), Maria Luísa Gourgel, defendeu que se dê mais atenção às famílias, fundamenta­lmente com às mães, para que haja uma sociedade mais saudável. “Se não cuidarmos destas crianças hoje, não teremos adultos saudáveis no futuro, pois a criança é agora, ela não espera”, considerou.

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