Jornal de Angola

Produção de petróleo regista queda

- Madalena José

A produção petrolífer­a em Angola teve quebras de 3,5 por cento, entre Janeiro e Agosto, devido a paragens não programada­s na cadeia produtiva. Os dados são comparados às previsões para este ano, de acordo com um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos. A produção esperada é de 1,66 milhões de barris por dia.

As paragens não programada­s na cadeia de produção petrolífer­a, no país, resultaram, entre Janeiro e Agosto do ano em curso, em perdas de perto de 3,5 por cento em relação às metas anuais programada­s, indica um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos a que o Jornal de Angola teve ontem acesso.

No documento, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos lembra que as paragens não programada­s acontecem com os distintos operadores do sector, em tempos e circunstân­cias diferentes.

Nas projecções do Orçamento Geral do Estado (OGE), a produção de petróleo esperada para 2019 apontam para 1,66 mil barris por dia, refere o docmento, salientand­o que, no decurso do primeiro semestre, as paragens não programada­s fixaram em 87 por cento das metas o volume de produção.

Na segunda-feira, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos reuniu com operadores do sector, para analisar o impacto das paragens não programada­s na produção petrolífer­a.

Presidido pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, o encontro analisou o impacto das paragens não programada­s no sector, tendo aproveitad­o a oportunida­de para reflectir à volta das reformas legislativ­as na indústria petrolífer­a do país, de que resultam, entre outras inovações, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG).

Na reunião de segundafei­ra, participar­am representa­ntes da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Sonangol, Associação de Companhias de Exploração e Produção de Angola (ACEPA), Total, Eni, BP, Esso, Equinor e Sonangol PP.

No encontro, os operadores foram unânimes em reconhecer a pertinênci­a da criação da ANPG e a revisão da legislação sobre o sector. Na opinião dos participan­te, as reformas em curso imprimem maior transparên­cia no sector, o que pode melhorar os níveis de eficiência na indústria petrolífer­a nacional.

Aos diferentes operadores, Diamantino Azevedo recomendou maior empenho na mitigação das causas das chamadas paragens não programada­s, de modo a reduzir as perdas de produção e compensar o declínio natural.

Em Julho, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos admitiu que as paragens de produção de petróleo não previstas são um problema para país.

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DR Paragens não programada­s na cadeia de produção estiveram na origem do problema

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