Oposição quer demissão de Boris Johnson
O líder do Partido Trabalhista e outros partidos da oposição defenderam, ontem, que o PrimeiroMinistro britânico, Boris Johnson, deve demitir-se, na sequência da decisão do Supremo Tribunal britânico, que considerou “ilegal” a suspensão do Parlamento.
“ConvidoBorisJohnsonaconsiderar a sua posição e a tornar-se noPrimeiro-Ministrocomomandato mais curto de sempre”, afirmou JeremyCorbyn,numaintervenção aplaudidaduranteoCongressodo principalpartidodaoposição,que decorre em Brighton.
O Supremo Tribunal britânico declarou, segunda-feira, ilegal a suspensão do Parlamento decidida pelo Primeiro-Ministro, Boris Johnson, até duas semanas antes do prazo para o Reino Unido sair da União Europeia.
Na leitura da decisão, a juíza, Brenda Hale, disse que "a decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o Parlamento era ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar as suas funções constitucionais sem uma justificação razoável”.
NaopiniãodeCorbyn,estadecisão“mostraqueoPrimeiro-Ministro agiu de maneira errada ao fechar oParlamento.Demonstraumdesprezopelademocraciaeumabuso depoder”.Olídertrabalhistamostrou ser de opinião que o Parlamento reabra o mais rápido possível para confrontaroGovernosobreoplano para o “Brexit”.
Antes da suspensão, o Parlamento aprovou uma lei que exigia que o Governo peça formalmente uma extensão do prazo de saída se não for alcançado um acordo até 19 de Outubro, mas o PrimeiroMinistro insistiu que não pretende fazê-loequepretendeimplementar asaídabritânicadaUniãoEuropeia (UE) no prazo de 31 de Outubro.
Corbyn disse que o PM deve “respeitar a lei, descartar um “Brexit” sem acordo e realizar eleições que escolha um Governo que respeite o Estado de Direito”.