Corrupção com casos na Justiça
Nestes dois anos, um dos instrumentos usados para a moralização da sociedade é o combate à corrupção. O Titular do Poder Executivo sempre falou, ao longo do período à frente da governação, na necessidade de transparência na actuação dos serviços e dos servidores públicos, bem como o combate ao crime económico e à corrupção que grassa em algumas instituições, em diferentes níveis. João Lourenço admitiu, logo cedo, que "este desafio constitui uma importante frente de luta a ter seriamente em conta, na qual todos temos o dever de participar."
"A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo directo na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto, por isso, todo o nosso povo a trabalhar em conjunto, para extirpar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade", disse o Presidente da República, reforçando que o combate à pobreza é uma prioridade incontornável.
Neste desafio, tal como admitiu o Presidente da República, a Justiça desempenha um papel central no resgate do sentimento de confiança nas instituições do Estado. E usou uma frase que ficou no ouvido: "Os cidadãos precisam de acreditar que ninguém é rico ou poderoso demais, para se furtar a ser punido, nem ninguém é pobre demais, ao ponto de não poder ser protegido."
O ex-ministro dos Transportes, Augusto Tomás, é o primeiro caso de condenação num processo-crime de corrupção no Conselho Nacional de Carregadores (CNC), embora haja recurso interposto no interesse da defesa (advogados).
A reforma da Justiça, iniciada há pouco tempo, precisa de um novo impulso, de modo a serem concluídos os vários códigos que estão a ser reapreciados e aprovadas medidas administrativas e operativas, para diminuir o elevado número de processos pendentes, considerou na altura o Presidente da República.