EM KAMPALA
Petro decide hoje presença na Liga
Num apelo ao seu passado de glória, o Petro de Luanda defende, frente ao Kampala City, hoje às 14h00, na capital do Uganda, a continuidade na Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol. Qualquer empate com golos apura o representante angolano para a fase de grupos.
Outros dois cenários garantem o acesso dos tricolores às compensações financeiras da Confederação Africana, que dá a cada uma das 16 equipas bem-sucedidas na derradeira eliminatória mais de meio milhão de dólares. A vitória, independentemente da margem de golos, e a igualdade (0-0), o mesmo desfecho registado na primeira “mão”, por forma a decidir o apuramento nas grandes penalidades. As vitórias consecutivas diante do Sagrada Esperança (1-0) e Ferrovia do Huambo (2-0), para o Girabola, deram confiança à equipa petrolífera às ordens do espanhol Antonio Cosano, que se recusa a resignar ante à limitação do ataque, dada a não inscrição dos avançados Toni, Jacques Tuyisengue e Yano.
Com os disponíveis para as Afrotaças, o Petro defronta o Kampala City confiante na qualificação, apesar de reconhecer o quadro de dificuldades que tem de ultrapassar no reduto dos ugandeses, pressionados pelos seus adeptos a assumir a iniciativa de jogo.Sem Manguxi, lesionado, Cosano pode apostar numa estrutura com dois médios defensivos, cenário que aponta para a entrada de Herenilson - pouco utilizado por força de impasses contratuais -, ao lado de Além, enquanto as despesas do ataque devem voltar a ser confiadas ao ghanense Isaac Mensah, caso esteja recuperado.
Os tricolores estão avisados da força competitiva da equipa orientada por Mike Hillary Mutebi, que exibiu no Estádio Nacional 11 de Novembro, há duas semanas, argumentos futebolísticos para obrigar a formação angolana a adoptar cuidados defensivos redobrados.
O guarda-redes Lukwago, apoiado pelo defesa Mike Mutyaba, os médios Anaku, Kizza e Mutyaba, bem como os avançados Kato e Abubakar, lidera a equipa do Kampala City, o último obstáculo na caminhada dos tricolores rumo ao regresso à fase de grupos, 18 anos depois do sucesso assinado em 2001, com a presença nas meiasfinais, sob a batuta do já falecido treinador brasileiro Djalma Alves Cavalcanti.
Ciente da importância do apuramento para a pontuação dos clubes angolanos, fragilizados, à partida, pelo desperdício dos dois lugares da Taça da Confederação, o vice-campeão do Girabola está empenhado na conquista de um bom resultado, na esperança de ver o país com dupla representação na próxima etapa da prova, isso a fazer fé no êxito do 1º de Agosto diante do Green Eagles da Zâmbia, derrotado 1-2, em Lusaka.
Encontrar soluções para os problemas tem sido a divisa do técnico espanhol, que prefere valorizar os jogadores à sua disposição em Kampala. A confiança no sucesso da missão reduz o impacto das dificuldades vividas pelo plantel, cujo foco continua na afirmação no continente e nas conquistas internas, sobretudo do campeonato, feito não alcançado há uma década.
A julgar pelo comportamento das equipas no primeiro desafio, estão reunidas as condições para uma tarde de bom futebol, com o favoritismo repartido. O Kampala City tem a seu favor a condição de anfitrião, ao passo que o Petro de Luanda apela ao histórico no continente e à experiência internacional de vários jogadores comandados por Antonio Cosano.
Em caso de derrota, os petrolíferos disputam a última eliminatória da Taça da Confederação.
Ciente da importância do apuramento para a pontuação dos clubes angolanos, fragilizados à partida pelo desperdício dos dois lugares da Taça da Confederação, o vice-campeão do Girabola está empenhado na conquista de um bom resultado