Combate ao terrorismo analisado em Nova Iorque
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, abordou ontem, em Nova Iorque, com os Chefes de Estado do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, e do Burkina Faso, Roch Christian Kaboré, e com o presidente da Comissão da União Africana a situação do terrorismo na região do Sahel.
O encontro, que aconteceu à margem da 74ª Assembleia-Geral das Nações Unidas e que contou também com a presença do chefe da diplomacia argelina, Sabri Boukadoum, reforçou o apelo para o apoio financeiro e político da comunidade internacional contra a ameaça do terrorismo naquela região africana.
“Receio que não tenhamos conseguido colectivamente parar as causas da crise”, afirmou António Guterres, acrescentando que são os civis que pagam o preço por isso.
“O apoio do mundo não é suficiente para que essa força conjunta que luta contra o terrorismo seja operacional há quatro anos”, disse.
No encontro, o Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, fez um longo resumo da acção do seu Governo, com sucessos e fracassos.
O Presidente burquinabe, que actualmente preside o G5 Sahel, Moussa Faki Ma-hamat e o ministro argelino Sabri Boukadoum deixaram claro que é preciso trabalhar para mobilizar mais apoios.
O G5 do Sahel ou G5S é um grupo institucional para a coordenação da cooperação regional em políticas de desenvolvimento e questões de segurança na África Central. Foi formado em 16 de Fevereiro de 2014, em Nouakchott, na Mauritânia, numa cimeira de cinco países da região do Sahel: Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
OSahel,quesignifica“costa” ou “fronteira”, é uma faixa de 500 a 700 quilómetros de largura, em média, e 5 400 Km de extensão, entre o Deserto doSahara,aoNorte,easavana do Sudão, ao Sul; e entre o oceano Atlântico, a Oeste, e o Mar Vermelho, a Leste.