Alienação de aeroportos domina acordo bilateral
O Governo pretende começar a oferecer à iniciativa privada alguns dos seus 18 terminais aeroportuários, o que levou o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, a subscrever, na quarta-feira, em Montreal (Canadá), um acordo de capacitação técnica com o secretário executivo do Ministério da Infra-estrutura do Brasil, Marcelo Sampaio.
O acordo foi anunciado ontem pelos serviços de imprensa (GCII) do Ministério dos Transportes, em informações que dão conta de que o documento assinado abre possibilidades para a “importação”, por Angola, da experiência brasileira em relação à concessão de aeroportos.
Um segundo acordo dá abertura a operadores dos dois países para a troca de experiências e expandir rotas aéreas, com o ministro a prever que a melhoria da segurança na aviação civil vai resultar no crescimento do sector em Angola e viabilizar as ligações no Atlântico Sul.
Ricardo de Abreu sublinhou que o espírito desse acordo é expandir as ligações que partem de Luanda para lá do Rio de Janeiro e São Paulo, os actuais destinos brasileiros das Linhas Aéreas de Angola (Taag), dando semelhantes direitos a companhias daquele país.
Marcelo Sampaio definiu os acordos como instrumento que permite o aumento da frequência de voos de passageiros e de carga entre os dois países, além de permitir que o Brasil partilhe com Angola a sua agenda técnica de concessão aeroportuária.
O secretário executivo do Ministério da Infra-estrutura do Brasil considerou “importante” que o Brasil se aproxime do mercado africano da aviação civil, o qual, declarou, tem um enorme potencial de crescimento nos próximos anos.