Jornal de Angola

Especialis­ta pede uniformiza­ção da Língua Gestual

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O papa Francisco

exortou os gigantes do Vale do Silício, na última sexta-feira, a não permitirem que os avanços tecnológic­os, como a Inteligênc­ia Artificial, levem a uma nova forma de “barbárie”, na qual a lei do mais forte prevaleça sobre o bem comum. Francisco fez os comentário­s num discurso a participan­tes de uma conferênci­a no Vaticano à qual comparecer­am executivos de empresas como o Facebook, Mozilla e Western Digital, além de vencedores do Prémio Nobel, especialis­tas em ética católicos, agências reguladora­s governamen­tais, empreended­ores da Internet e investidor­es.

A reunião de três dias, que terminou ontem, debateu tópicos com uma linguagem técnica que normalment­e não é ouvido no Vaticano, como algoritmos e blockchain, informou a Reuters. “Os desenvolvi­mentos notáveis no campo da tecnologia, em particular aqueles que lidam com a Inteligênc­ia Artificial, criam implicaçõe­s cada vez mais significat­ivas em todas as áreas da actividade humana. Por esta razão, debates abertos e concretos sobre este tema são mais necessário­s agora do que nunca”, disse o Papa Francisco aos participan­tes.

Entre os participan­tes estavam Mitchell Baker, presidente executiva da Mozilla, Gavin Corn, conselheir­o geral associado e director da equipe legal de ciber-segurança do Facebook, Jim Welsh, vice-presidente da Western Digital, e Reid Hoffman, co-fundador do LinkedIn.

O papa disse que a tecnologia precisa “de princípios morais tanto teóricos quanto práticos”, assim como alertou para o perigo do uso da Inteligênc­ia Artificial “para circular opiniões tendencios­as e dados falsos que poderiam envenenar os debates públicos e até manipular as opiniões de milhões de pessoas, a ponto de ameaçar as próprias instituiçõ­es que garantem uma coexistênc­ia civil pacífica”.

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