Angola disputa com o Senegal presença nos Jogos de Tóquio
Pérolas perseguem sétima participação consecutiva na montra que reúne os melhores atletas mundiais de distintas modalidades
A selecção nacional sénior feminina de andebol, também designada por “Pérolas”, defronta hoje às 18h00, a similar do Senegal, também designadas por “leoas”, partida que qualifica o vencedor para o torneio da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020, no Japão.
Angola entra para partida como favorita, estatuto conferido pelo historial continental e a excelente qualidade das unidades do plantel. As Pérolas perseguem neste jogo a sétima presença consecutiva em Jogos Olímpicos, enquanto as adversárias ambicionam o baptismo na competição planetária, que passaria também pela inédita vitória sobre as angolanas.
Na abertura do torneio, o “sete” angolano deu uma demonstração do que pode fazer, ao golear a RDC, por 29-21. Ao intervalo, a selecção nacional, orientado por Morten Soubak, já vencia por 19-12.
Angola, depois de dois dias de “repouso” forçado pela desistência, à última hora, dos Camarões, entra decidida a manter o histórico dos desafios com o Senegal, um opositor com quem já mediu forças em finais de competições continentais, onde saiu sempre vencedora.
Morten Soubak, seleccionador nacional está avisado e tem consciência de que, além das dificuldades impostas pelas performances das senegalesas, vai enfrentar um ambiente infernal no Dakar Arena, onde os organizadores pretendem colocar 15 mil gargantas a puxar pelas “leoas”.
Mas, a Selecção Nacional habituada a jogar em ambiente hostil e debaixo de barulho ensurdecedor, acredita que o sucesso depende de fazer o jogar habitual. As Pérolas entram com a missão de visar a baliza adversária, ignorando o barulho vindo de fora da quadra, com o máximo de concentração.
As senegalesas, apesar de contarem com o apoio do público, sabem que não é o suficiente para ganhar a partida. Aliás, o facto pode transformar-se numa pressão adicional, caso as Pérolas comecem a levar “água ao seu moinho” nos minutos iniciais do jogo. As “leoas”, “filhas de Bougeant”, como também são tratadas, podem enervar-se, este estado emocional ser bem aproveitado pelas jogadoras angolanas para desferirem golpes demolidores.
O Senegal entra, de alguma forma motivado para o jogo, depois de triunfar na sexta-feira diante da República Democrática do Congo, por 29-18, com favoráveis 11-8 ao intervalo.