Angola quer investidores para as rochas ornamentais
O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos apelou aos operadores presentes na Feira Internacional de Verona, norte de Itália, a investirem no sector mineiro de Angola, onde 40 por cento da superfície está coberta por rochas ornamentais.
Ao intervir na assembleia da Associação de Empresas Europeias de Rochas Ornamentais (EUROROC), Diamantino de Azevedo afirmou que as rochas ornamentais têm um potencial, cujas oportunidades permitem estabelecer bonsnegócios, pelo que apelamos aos investidores presentes a investirem em Angola.
O ministro justificou o seu apelo com o facto de estudos geológicos em curso, baseados em padrões internacionais, terem revelado a existência de uma diversidade de rochas, como granitos, gnaisses, mármore, arenitos e calcários.
“Gostaríamos que estes recursos fossem transformados em riqueza”, disse o ministro que anunciou a realização, de 24 a 26 de Outubro, na cidade do Lubango, da primeira Conferência Internacional e Exposição de Rochas Ornamentais, onde será demonstrado o potencial geológico de Angola. Assim, apelou à participação dos membros da EUROROC no evento do Lubango e na Feira Internacional de Minas, de 20 a 21 de Novembro, em Luanda.
O ministro destacou algumas tarefas já desenvolvidas pelo Executivo, que proporcionam um bom ambiente de negócios, nomeadamente a nova Lei do investimento privado, facilitação na concessão de vistos, incentivos fiscais, isenção de impostos na importação de equipamentos, a existência de infra-estruturas, a atribuição do Título mineiro em 90 dias e garantia no repatriamento de capitais.
Convites a empresários
Na quinta-feira, num jantar de trabalho com empresários italianos, espanhóis e portugueses, participantes na feira internacional de mármore na cidade italiana de Verona, Diamantino Azevedo explicou que o país já explora ouro, em pequena escala, e vai em breve iniciar a exportação de ferro, ao que se seguirão projectos de manganês, cobre, lítio e terras raras.
“O nosso potencial em recursos minerais por explorar é muito grande e as rochas ornamentais têm um papel muito importante a desempenhar em Angola, porque o estágio de desenvolvimento do país demanda muita pedra”, declarou, acrescentando ser um desafio que carece de parceiros com larga experiência nessa actividade, como são os italianos, espanhóis e portugueses.
O ministro garantiu que o Estado não intervém como produtor de rochas ornamentais, sendo uma actividade em que actuam empresários privados nacionais e seus parceiros estrangeiros. O sector dos recursos minerais em Angola, segundo o ministro, está perante um desafio que é o aumento da contribuição para o PIB, onde o maior contribuinte tem sido a indústria de diamantes.