Corrupção enfraquece capacidade de defesa do país
A corrupção atenta contra a disciplina militar, organização e prontidão combativa das tropas e enfraquece a capacidade de defender o país, considerou ontem o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio de Sousa e Santos.
Egídio de Sousa e Santos, que discursava na abertura das jornadas alusivas ao 28º aniversário das FAA, que se assinala a 9 deste mês, referiu que a corrupção, quer activa ou passiva, pequena ou grande, lesa os interesses do Estado e enfraquece os pilares da economia nacional, contribuindo no aprofundamento das desigualdades sociais e rompendo com os fundamentos da moral e da ética. O desafio da luta contra a corrupção, disse, deve ser uma batalha de todos, desde o almirante ao soldado, onde a prevenção deve constituir um dos importantes instrumentos.
Acrescentou que o sucesso da campanha dependerá da dedicação dos comandantes, chefes e oficiais, a todos os níveis, na implementação dos programas estabelecidos, para que se possa contribuir para o resgate dos valores da Pátria, elevando a disciplina, civismo e um comportamento exemplar de cada militar, seja nos quartéis ou na via pública.
O chefe do Estado-Maior General referiu que os 28 anos das FAA merecem uma reflexão profunda, com a finalidade de realçar os grandes êxitos obtidos no contexto da sua reedificação, reestruturação e redimensionamento, para responder aos desafios do país, da região e do continente.
Na actual conjuntura, explicou, a maior aposta da instituição deve recair na educação dos efectivos, que devem continuar a transmitir bons exemplos à sociedade. Outra aposta é o reforço de valores como a solidariedade, honestidade, coragem e convivência na diversidade, que fazem da instituição uma referência. As FAA foram criadas em 1991, fruto do acordo de Paz de Bicesse entre o Governo e a UNITA.