Melhoria e revitalização dos centros ortopédicos a nível nacional
As obras do Centro Ortopédico e de Reabilitação Polivalente Dr. António Agostinho Neto custaram 600 milhões de kwanzas e estiveram a cargo da empresa Inforcom e Empresa de Gestão de Projectos Inovadores, de jovens angolanos.
Com a reabilitação e ampliação, o centro passa a contar com uma fábrica de ortoprotesia que vai produzir entre 75 a 80 próteses/mês contra as anteriores 40.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, indicou que a unidade reabilitada e ampliada faz parte de um pacote de melhoria e revitalização de 11 centros ortopédicos a nível nacional, incluindo o de Luanda.
Sílvia Lutucuta congratulou-se com a mobilização dos recursos e com o facto de se ter tornado o projecto numa realidade, uma forma de assegurar uma melhor qualidade de vida e conforto.
A primeira fase do centro regional de reabilitação polivalente foi inaugurada em 1990 para acolher, principalmente, vítimas da guerra e de minas anti-pessoal para o tratamento com próteses e a sua reinserção social, bem como vítimas da poliomielite e de sequelas derivadas da gestação e do parto.
Agora, e em tempos de paz, disse a ministra, a atenção está virada para o novo quadro gerado pelo aumento das deficiências provocadas por doenças crónicas incapacitantes, acidentes de viação e trânsito e de trabalho originadas pelas alterações de estilo de vida e com progressivo crescimento do número de idosos.
“Fez-se um enorme investimento para poder satisfazer as novas necessidades da nossa sociedade”, disse a ministra, para quem o Centro de Viana renasce com o novo conceito. Este centro, realçou, é uma homenagem ao Presidente Agostinho Neto, “pois as suas preocupações com a justiça influenciaram a Constituição da República Popular de Angola, em 1975, que consagra a saúde como um direito de todos os angolanos e idealiza um novo serviço nacional de saúde.
Para a ministra da Saúde, no quadro do novo conceito do centro, destaca-se a reabilitação integral como um processo global e dinâmico orientado para a reabilitação física e psicológica da pessoa portadora de deficiência, tendo em vista a sua reintegração social.
Sílvia Lutucuta disse que as obras permitiram, além da reabilitação, a ampliação e o apetrechamento de vários serviços, designadamente fisioterapia, radiologia e estomatologia, a construção e apetrechamento da oficina de ortoprotesia e de edifícios para a administração.
“Deste modo, o centro ortopédico é de terceiro nível assistencial, contando com 296 funcionários e, deste número, enquadramse 31 novos técnicos no âmbito do concurso público de 2018”, disse.
O centro presta serviços de consulta externa de especialidade, como clínica geral, fisioterapia com ginásio para adultos e crianças, ortopedia, neurologia infantil, entre outros. Serviços de apoio ao diagnóstico e terapêutica, como laboratório, farmácia e ortoprotesia (oficina de próteses) são também feitos. Serviços humanizados
Na ocasião, o director-geral do centro, David Abel, assegurou que a instituição terá como missão prestar, com conforto e comodidade, um serviço de qualidade, tendo sempre presente um atendimento humanizado e profissionalizado.
O responsável garante que não pretende esquecer a componente da formação dos profissionais. O centro ganhou uma nova fábrica, um novo serviço de raio X e ampliação dos serviços de fisioterapia e a inclusão de um serviço de acupunctura.