Literacia financeira
O técnico do Departamento de Inclusão Financeira, afecto ao Banco Nacional de Angola (BNA), Lourenço Kibonda, dissertou sobre o tema “A importância da literacia financeira”.
Durante a sua dissertação, definiu que a literacia financeira é o conhecimento de como lidar com o dinheiro. “Há pessoas que fracassam como empreendedores e empresários, porque têm problemas de gerir o dinheiro”, disse.
Lourenço Kibonda referiu que a gestão do dinheiro tem a ver fundamentalmente com o comportamento da pessoa, não basta ser empresário se tem dificuldade em fazer poupanças, orçamento doméstico ou pessoal.
Explicou que a contracção de dívidas é também um problema que se associa ao fracasso. Hoje, as pessoas vivem muito do endividamento, que por si só não é um problema, porque não tem que necessariamente levar o empreendedor a perder ou a reduzir o património, mas sim para a sua melhoria.
“Antes de contrair uma dívida, é preciso ter noção que o dinheiro vai ser utilizado para atender a um consumo de necessidade ou apenas um desejo. Há pessoas que pedem crédito porque querem dar festa ou comprar mobília, até aí não há problemas, mas o crédito tem um reembolso de curto, médio e longo prazos, se não for rentabilizado, acaba por trazer problemas à gestão corrente de casa ou da empresa”, aconselhou.
Lourenço Kibonda disse que se a pessoa não tiver domínio dos conceitos básicos da literacia financeira, é recomendável que vá buscar apoio de alguém que tenha conhecimentos mais avançados para lhe orientar.
O fundador do grupo Bruno Miguel Pegado, Limitada, apresentou na feira o Programa Girangola, para apoiar o Executivo na promoção da empregabilidade e criação de pequenos negócios.
O Girangola consiste num kit de soluções de transportes, logísticas e turismo, através de uma plataforma, que auxilia a locomoção de pessoas e bens por toda Angola.
Referiu que a intenção é criar mecanismos que funcionem para a gestão de pessoas e bens, dentro e fora das localidades.
“O projecto foi criado como auxílio aos empresários de cooperativas que têm produtos em zonas de difícil acesso, para facilitar o escoamento. Com o Girangola, será possível tirar os produtos da cesta básica do campo e levar para as grandes cidades”, garantiu Bruno Pegado.