Angola reforça representação na Liga dos Clubes Campeões
1º de Agosto e Petro de Luanda colocam o futebol nacional entre os países dominadores do “ranking” do continente
Pela primeira vez, em 22 anos, Angola coloca duas equipas na fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol, em função do desempenho do Petro de Luanda e do 1º de Agosto, que ultrapassaram a última eliminatória, no final de semana.
Maiores forças do desporto nacional, petrolíferos e militares inscreveram o nome do país na lista completada pela Tunísia (Esperance de Tunis e Étoile du Sahel), Marrocos (Wydad e Raja Casablanca), Egipto (Al Ahly e Zamalek), Argélia (USM Alger e JS Kabylie) e Congo Democrático (TP Mazembe e AS Vita Club).
Na sua segunda presença, 18 anos depois da estreia em 2001, os tricolores têm confirmada, no sorteio de 9 de Outubro, na cidade do Cairo, a companhia dos rubro e negros, fundadores em 1997 do actual modelo de prova continental, no qual registam a terceira participação.
Em tempos de acentuado aperto financeiro, os embaixadores angolanos já garantiram cada um, com a qualificação, mais de meio milhão de dólares (550 mil), encaixe que pode crescer mediante o desempenhonasséries(vitóriaeempate), bem como o êxito nos quartos-de-final, meias-finais e final. Mas as multas aplicadas pela Confederação Africana (CAF), por mau comportamento dos adeptos, falhas na máquina organizativa dos jogos e até na transmissão televisiva, são deduzidas nos prémios.
Aposta assumida de forma pública pelo elenco presidido por Tomás Faria, o Petro de Luanda procura, além da compensação de tesouraria, reencontrar o passado de glória em África, com realce para a prestação que levou o clube às meias-finais em 2001, sob o comando do finado técnico brasileiro Djalma Alves Cavalcanti. Após a dupla vitória (2-0) frente ao Matlama do Lesotho, na primeira eliminatória, a equipa, às ordens do espanhol Antonio Cosano conseguiu, com audácia, resistir à pressão do Kampala City do Uganda, ao explorar a regra do golo fora, pois o empate (0-0), em casa, foi capitalizado com outra igualdade (1-1), na condição de visitante.
Apurado com reservas
Mal-sucedido na época passada, por ter sido afastado pelo AS Otoho do Congo Brazzaville, ainda no calor da excelente campanha assinada às ordens do sérvio Zoran Maki, agora ao serviço do Wydad Casablanca, o 1º de Agosto passou por algum sufoco para garantir o apuramento. A aparente avenida aberta pelo triunfo (2-1), na visita ao Green Eagles da Zâmbia, em Lusaka, acabou transformada num atalho com piso acidentado, por força da derrota (0-1), no Estádio 11 de Novembro.
Dominadores na iniciativa de jogo, os militares do Rio Seco apanharam-se confrontados com o espectro da eliminação diante dos seus adeptos. Sem acerto e eficácia no ataque, com défice de desempenho no meio-campo, no lançamento do ataque e na pressão à zona de construção do adversário, os tetracampeões do Girabola ficaram, por culpa própria, a um golo da frustração do objectivo de desfilar entre os 16 clubes da elite do futebol angolano. A distribuição das equipas no sorteio, com base na classificação de clubes da CAF, afasta, à partida, a possibilidade de o 1º de Agosto (18º) e Petro de Luanda (58º) ficarem inseridos no mesmo grupo, por estarem ambos no Pote 4, o das equipas menos cotadas.
O lançamento indicativo coloca no Pote 1 – Esperance de Tunis (Tunísia), 63.5 pontos, TP Mazembe (Congo Democrático), 63, Wydad Casablanca (Marrocos), 63, e Al Ahly (Egipto), 57. Pote 2 – Étoile du Sahel (Tunísia), 50, Mamelodi Sundowns (África do Sul), 49, Zamalek (Zamalek), 44, e Raja Casablanca (Marrocos), 25. Pote 3 - USM Alger (Argélia), 25, Zesco United (Zâmbia), 24.5, AS Vita Club (Congo Democrático), 24, e Al Hilal (Sudão), 19. Pote 4 – 1º de Agosto (Angola), 16, FC Platinum (Zimbabwe), 5, Petro de Luanda (Angola), 2.5, e JS Kabylie (Argélia), 0.
Maiores forças do desporto nacional, petrolíferos e militares inscreveram o nome do país na lista completada pela Tunísia (Esperance de Tunis e Étoile du Sahel), Marrocos (Wydad e Raja Casablanca), Egipto (Al Ahly e Zamalek), Argélia (USM Alger e JS Kabylie) e Congo Democrático (TP Mazembe e AS Vita Club)