Jornal de Angola

Segundo Cardeal da Igreja angolana

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O bispo emérito da Diocese de Benguela D. Eugénio Dal Corso tornou-se, ontem, no segundo Cardeal da História da Igreja angolana, numa cerimónia no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco, na qual se destacou o juramento de fidelidade e obediência ao Chefe da Igreja Católica. O primeiro Cardeal da Igreja angolana é D. Alexandre do Nascimento.

O bispo emérito da Diocese de Benguela D. Eugénio Dal Corso tornou-se ontem no segundo Cardeal da História da Igreja angolana, numa cerimónia no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco, na qual se destacou o juramento de fidelidade e obediência ao Chefe da Igreja Católica.

O primeiro Cardeal da Igreja angolana é D. Alexandre do Nascimento.

A cerimónia, o sexto consistóri­o ordinário público do pontificad­o de Francisco, começou às 16h00 locais (menos uma hora em Angola), com uma saudação dos novos cardeais ao Papa, seguindo-se uma oração e a leitura do Evangelho.

Francisco fez depois a leitura, em latim, da “fórmula de criação” e elencou os nomes dos novos cardeais, que fizeram na altura a profissão de fé e o juramento de fidelidade e obediência ao Sumo Pontífice e aos seus sucessores.

Os novos conselheir­os do Papa passam a usar as habituais vestes de cor vermelha. Outros três símbolos, além do solidéu vermelho e da cruz peitoral, distinguem um cardeal e que são entregues pelo Papa: o barrete vermelho, o anel e a bula.

A cada cardeal foi ainda entregue a bula de nomeação e atribuída a titularida­de de uma igreja de Roma, que reforça a estreita união que os cardeais possuem com o Papa. A cerimónia terminou com o chamado abraço da paz de Francisco.

Hoje, os 13 novos cardeais celebram, em conjunto com o Papa Francisco, uma missa na Basílica de São Pedro.

D. Eugénio Dal Corso, da Congregaçã­o dos Pobres Servos da Divina Providênci­a, foi ordenado padre a 7 de Julho de 1953, em Verona (Itália), sua terra natal.

Chegou a Angola em 1986 para trabalhar como reitor no Seminário Diocesano do Uíge. Já foi delegado dos Pobres Servos da Divina Providênci­a e Professor de Filosofia. Nomeado bispo em 1995 pelo Papa João Paulo II, trabalhou na Diocese de Saurimo e foi delegado apostólico de Cabinda.

Tinha sido nomeado bispo de Benguela em Fevereiro de 2008, substituin­do D. Óscar Braga, hoje também bispo emérito da Diocese.

D. Eugénio Dal Corso foi o terceiro bispo da história da Diocese de Benguela, depois de D. Armando Amaral dos Santos (1970-1973) e D. Óscar Braga (1975- 2008).

Além do português Tolentino Mendonça, 54 anos, foram criados mais nove cardeais eleitores, incluindo Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, Itália, da Comunidade de Santo Egídio, um dos quatro mediadores do acordo de paz de 1992 em Moçambique, e JeanClaude Höllerich, arcebispo do Luxemburgo.

Foram também criados cardeais eleitores o espanhol Miguel Ángel Ayuso Guixott, Ignatius Suharyo Hardjoatmo­djo, arcebispo de Jacarta (Indonésia), e o cubano Juan de la Caridad Rodríguez.

Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa (RDC), Álvaro Leonel Ramazzini Imeri, arcebispo de Huehuetena­mgo (Guatemala), o marroquino Cristóbal López Romero (arcebispo de Rabat) e o checo Michael Czerny, subsecretá­rio da Secção de Migrantes - Dicastério para o Serviço do Desenvolvi­mento Humano Integral, integram também a lista.

Como cardeais não eleitores, por terem ultrapassa­do os 80 anos, Francisco escolheu Eugénio Dal Corso, arcebispo emérito de Benguela, Angola, Michael Louis Fitzgerald, arcebispo emérito de Nepte (Inglaterra) e Sigitas Tamkeviciu­s, arcebispo emérito de Kaunas (Lituânia).

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DR D. Eugénio Dal Corso foi ontem criado Cardeal pelo Papa

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