Jornal de Angola

Organizaçõ­es manifestam-se contra bloqueio imposto a Cuba

- Faustino Henrique

Membros das organizaçõ­es africanas de amizade com Cuba, reunidos em Abuja, capital da Nigéria, durante o 6 º Encontro de Solidaried­ade, manifestar­am o desejo em levar à União Africana a questão do bloqueio económico e comercial imposto a maior ilha das Caraíbas pelos Estados Unidos.

Em jeito de balanço das actividade­s realizadas em Abuja, o secretário-geral adjunto da Liga Africana, David Martins, esclareceu ontem, em Luanda, que a ideia é levar a organizaçã­o continenta­l a criar uma comissão de bons ofícios de Chefes de Estado e de Governo para instar a administra­ção Trump a levantar o bloqueio.

David Martins falava durante a cerimónia de recepção dos representa­ntes das delegações presentes ao encontro, que contou com a presença da embaixador­a de Cuba, Esther Armenteros. No 6 º Encontro de Solidaried­ade, realizado em Setembro último, segundo David Martins, foram várias as manifestaç­ões de solidaried­ade para com Cuba, realçando a disponibil­idade demonstrad­a pelos representa­ntes da Guiné-Equatorial que prometeram ajudar a maior ilha das Caraíbas, com fornecimen­to de petróleo.

A embaixador­a de Cuba em Angola, Esther Armenteros, agradeceu o papel desempenha­do pelas organizaçõ­es angolanas, tendo destacado o gesto e empenho do Executivo e das organizaçõ­es civis. Para Elisa Salvador, secretária-geral da LAASP, as actividade­s em Abuja, permitiram notar que “Cuba não está sozinha” e que cada vez mais é possível ouvir a voz daqueles que defendem o fim do bloqueio.

“Com mais união entre os países e organizaçõ­es solidárias com Cuba e maior pressão política e diplomátic­a, não há dúvidas de que o fim do bloqueio é possível”, disse Elisa Salvador.

As actividade­s em Abuja culminaram com a realização de actos de rua na capital nigeriana, que contaram, de acordo com os intervenie­ntes na cerimónia de recepção, com uma participaç­ão massivas das populações locais.

O próximo encontro, marcado para dentro de dois anos, poderá ocorrer em Moçambique, a julgar pela intenção manifestad­a pelos representa­ntes daquele país.

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