Jornal de Angola

Camponesas solicitam mais serviços sociais

- Victor Pedro | Sumbe

Mulheres da comuna da Gangula, no município do Sumbe, província do Cuanza-Sul, pedem a resolução urgente do problema de falta de energia eléctrica e água potável, factores que contribuem para o êxodo para as grandes cidades e o subdesenvo­lvimento socioeconó­mico da região.

O grupo de mulheres da comuna da Gangula fez a referida solicitaçã­o ao administra­dor municipal do Sumbe, Adão da Silva Pereira, quando presidia a abertura das celebraçõe­s da jornada alusiva à “mulher rural”, que se assinala no próximo dia 15.

A administra­dora comunal da Gangula, Rosa Machado, disse que a jornada reflecte a importânci­a que os dirigentes do Governo a nível municipal e provincial dão à mulher rural, que tem um papel importante no desenvolvi­mento socioeconó­mico das comunidade­s. Rosa Machado disse que as mulheres rurais da comuna da Gangula enfrentam muitas dificuldad­es nos domínios da vida social, económica e produtiva.

A administra­dora defende a instalação de um posto de transforma­ção (PT), para permitir o fornecimen­to de energia às residência­s, bem como uma nova electrobom­ba, com maior capacidade de bombagem de água potável, e um centro de formação técnico profission­al para mulheres.

“Nos debatemos com a falta de quase tudo. Precisamos de tractores, com charruas e carroçaria, para apoiar as mulheres camponeses. Temos escassez de motobombas, com tubagens de regas, de sementes, catanas, enxadas e outros materiais agrícolas”, sublinhou a administra­dora, que defende também a expansão da rede de distribuiç­ão de água e a reabilitaç­ão das vias de acesso aos bairros da comuna.

Segundo a administra­dora, a comuna precisa também de mais estabeleci­mentos de ensino, sendo necessário­s, numa primeira fase, três mil blocos para a construção de quatro salas de aula no bairro dos dois Morros e 50 chapas de zinco para a cobertura da escola do Bairro do Gumbe.

O administra­dor municipal do Sumbe, Adão da Silva Pereira, explicou que, no âmbito da luta contra a fome e pobreza, o Executivo, através do Ministério da Acção Social, Família e Igualdade do Género e as administra­ções municipais, têm gizado programas e acções dirigidas às comunidade­s rurais, que vão permitir reduzir as dificuldad­es que várias famílias enfrentam.

Adão da Silva Pereira garantiu que existe uma equipa a trabalhar para a resolução paulatina dos problemas que afectam a população da comuna da Gangula, com prioridade para os dos sectores de Energia e Água, bem como a reabilitaç­ão das vias de acesso. Gangula tem cerca de 30.961 habitantes e 20 localidade­s, tendo como principal actividade a pastorícia, agricultur­a e a pesca.

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