Camponesas solicitam mais serviços sociais
Mulheres da comuna da Gangula, no município do Sumbe, província do Cuanza-Sul, pedem a resolução urgente do problema de falta de energia eléctrica e água potável, factores que contribuem para o êxodo para as grandes cidades e o subdesenvolvimento socioeconómico da região.
O grupo de mulheres da comuna da Gangula fez a referida solicitação ao administrador municipal do Sumbe, Adão da Silva Pereira, quando presidia a abertura das celebrações da jornada alusiva à “mulher rural”, que se assinala no próximo dia 15.
A administradora comunal da Gangula, Rosa Machado, disse que a jornada reflecte a importância que os dirigentes do Governo a nível municipal e provincial dão à mulher rural, que tem um papel importante no desenvolvimento socioeconómico das comunidades. Rosa Machado disse que as mulheres rurais da comuna da Gangula enfrentam muitas dificuldades nos domínios da vida social, económica e produtiva.
A administradora defende a instalação de um posto de transformação (PT), para permitir o fornecimento de energia às residências, bem como uma nova electrobomba, com maior capacidade de bombagem de água potável, e um centro de formação técnico profissional para mulheres.
“Nos debatemos com a falta de quase tudo. Precisamos de tractores, com charruas e carroçaria, para apoiar as mulheres camponeses. Temos escassez de motobombas, com tubagens de regas, de sementes, catanas, enxadas e outros materiais agrícolas”, sublinhou a administradora, que defende também a expansão da rede de distribuição de água e a reabilitação das vias de acesso aos bairros da comuna.
Segundo a administradora, a comuna precisa também de mais estabelecimentos de ensino, sendo necessários, numa primeira fase, três mil blocos para a construção de quatro salas de aula no bairro dos dois Morros e 50 chapas de zinco para a cobertura da escola do Bairro do Gumbe.
O administrador municipal do Sumbe, Adão da Silva Pereira, explicou que, no âmbito da luta contra a fome e pobreza, o Executivo, através do Ministério da Acção Social, Família e Igualdade do Género e as administrações municipais, têm gizado programas e acções dirigidas às comunidades rurais, que vão permitir reduzir as dificuldades que várias famílias enfrentam.
Adão da Silva Pereira garantiu que existe uma equipa a trabalhar para a resolução paulatina dos problemas que afectam a população da comuna da Gangula, com prioridade para os dos sectores de Energia e Água, bem como a reabilitação das vias de acesso. Gangula tem cerca de 30.961 habitantes e 20 localidades, tendo como principal actividade a pastorícia, agricultura e a pesca.