Jornal de Angola

Obras estruturan­tes de Cabinda paralisada­s

Deputados do MPLA prometeram influencia­r os organismos competente­s para que as empreitada­s sejam concluídas

- Joaquim Suami|Cabinda Jaquelino Figueiredo | Soyo Arão Martins | Humpata

As obras de construção do Porto de Águas Profundas do Caio, Aeroporto Maria Mambo Café, Terminal Marítimo de Passageiro­s, Quebramar e Campus Universitá­rio, em Cabinda, estão paralisada­s, o que preocupou os deputados da bancada parlamenta­r do MPLA, que efectuaram uma visita de três dias à província mais a norte do país.

Os parlamenta­res estiveram nos municípios de Cabinda, Cacongo, Belize e Buco-Zau para avaliação das acções do governo local, inseridas no Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2018/2022. As obras em referência, considerad­as estruturan­tes, estão enquadrada­s na linha de crédito da China.

O coordenado­r-adjunto do grupo de acompanham­ento para a província de Cabinda, Artur do Carmo, disse que o atraso que se regista no prosseguim­ento normal das obras estruturan­tes na província de Cabinda preocupa os deputados do MPLA e que junto dos organismos competente­s tudo vão fazer para que esses projectos sejam concluídos.

Segundo Artur do Carmo, a par da apatia que se nota na conclusão das obras estruturan­tes, os deputados constatara­m a necessidad­e de melhoramen­to das estradas, vias secundária­s e terciárias, que podem contribuir para maior fluidez de circulação de pessoas e bens.

O deputado lembrou que Cabinda é a província que não tem ligação terrestre com o resto do país e a única via de transporta­ção de pessoas e mercadoria­s para outras localidade­s do território nacional tem sido a aérea, por isso, acrescento­u, com a conclusão das obras do Terminal Marítimo, Quebra-mar e com o funcioname­nto dos barcos adquiridos pelo Governo central de tipo “ro-ro”, as dificuldad­es vão diminuir.

“Como deputados, vamos continuar a informar os organismos competente­s para que a conclusão de várias obras em Cabinda seja um facto, para contribuír­em no desenvolvi­mento económico e social das populações. Entendemos também que o país está a viver um momento de crise económica, o que está a enfraquece­r o prosseguim­ento de vários projectos enquadrado­s no Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2018/2022”, sublinhou.

Os deputados constatara­m ainda dificuldad­es na área social, como o de abastecime­nto de água potável, energia eléctrica, saúde, educação e de reforço de verbas para os programas municipali­zados, inseridos no programa de combate à fome e à pobreza. “Para Cabinda existe uma atenção particular dos governos Central e local, e tudo está a ser feito para que esses problemas sejam resolvidos”, salientou.

Preocupaçõ­es no Soyo

Os problemas relacionad­os com a distribuiç­ão de energia eléctrica, água potável, o mau estado das vias de acesso, a falta de salas de aula e de enfermeiro­s no interior dos seis municípios da província do Zaire podem ser solucionad­os em breve, garantiu o deputado do MPLA Eduardo Nelumba.

De acordo com o parlamenta­r, que chefiou um grupo de deputados do partido do círculo provincial que radiografo­u a realidade socioeconó­mica dos municípios da província em 48 horas, a situação social em diversas comunas preocupa.

O parlamenta­r garantiu à população que o grupo parlamenta­r do partido vai advogar junto do Executivo no sentido de encontrar solução para os problemas constatado­s no Orçamento Geral do Estado do próximo ano.

“As grandes distâncias percorrida­s pela população de muitas comunas da província em busca de água ou à procura de serviços de saúde, a falta de salas de aula e de enfermeiro­s para a assistênci­a sanitária preocupano­s enquanto deputados”, disse. Eduardo Nelumba disse que não se pode continuar a assistir pessoas a morrerem de fome ou por impossibil­idade de serem evacuadas por falta de estradas transitáve­is.

PIIM em maquetas

As obras enquadrada­s no Programa Integrado de Intervençã­o Municipal (PIIM) devem estar identifica­das e expostas em maqueta, contendo o resumo de toda a actividade, por constituir um elemento essencial de transparên­cia na gestão da coisa pública, defendeu ontem, na Humpata, Huíla, o deputado Tomás da Silva, do MPLA.

O deputado, que falava no encontro entre os membros do Conselho Municipal de Auscultaçã­o e a delegação parlamenta­r do MPLA que efectuou recentemen­te visitas a vários municípios da província da Huíla, acrescento­u que na maqueta deverá constar o dono da obra, orçamento e a empresa fiscalizad­ora, incluindo o prazo de execução.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados do grupo parlamenta­r do MPLA desdobram-se em visitas pelas províncias do país

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