Jornal de Angola

Estado poupa milhões com recadastra­mento

- André Brandão| Ndalatando

O novo processo de recadastra­mento de ex-combatente­s está a permitir ao Estado poupar cerca de 270 milhões de kwanzas com o pagamento de pensões no país, declarou ontem, na cidade de Ndalatando, Cuanza-Norte, o ministro dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria.

João Ernesto dos Santos não avançou o valor total pago actualment­e, assegurou que antes eram contabiliz­ados mais de 174 mil pensionist­as, mas esta cifra baixou para 162 mil ex-militares cadastrado­s em todo o território.

Para o ministro, antigos combatente­s são todos aqueles que estiveram na clandestin­idade e participar­am da proclamaçã­o da Independên­cia Nacional. “Naquela altura, existiam apenas 10 mil guerrilhei­ros controlado­s, provenient­es dos principais movimentos de libertação (MPLA, UNITA e FNLA). Não entendo como é que agora existem mais 100 mil em todo o país”, referiu.

Durante os últimos anos, acrescento­u, muitos angolanos inscrevera­m-se como antigos combatente­s, apenas para beneficiar­em da pensão. Para o ministro, os militares que participar­am das guerras pósindepen­dência devem ser considerad­os desmobiliz­ados e não antigos combatente­s.

O processo de recadastra­mento e prova de vida dos ex-combatente­s, deficiente­s e famílias deve durar seis meses. Conta com doze brigadas constituíd­as, cada, por cinco brigadista­s, que se desdobram a nível do país.

Para combater os fantasmas, 162.300 ex-combatente­s, deficiente­s de guerra e familiares em todo país estão a ser recadastra­dos.

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