Estado poupa milhões com recadastramento
O novo processo de recadastramento de ex-combatentes está a permitir ao Estado poupar cerca de 270 milhões de kwanzas com o pagamento de pensões no país, declarou ontem, na cidade de Ndalatando, Cuanza-Norte, o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.
João Ernesto dos Santos não avançou o valor total pago actualmente, assegurou que antes eram contabilizados mais de 174 mil pensionistas, mas esta cifra baixou para 162 mil ex-militares cadastrados em todo o território.
Para o ministro, antigos combatentes são todos aqueles que estiveram na clandestinidade e participaram da proclamação da Independência Nacional. “Naquela altura, existiam apenas 10 mil guerrilheiros controlados, provenientes dos principais movimentos de libertação (MPLA, UNITA e FNLA). Não entendo como é que agora existem mais 100 mil em todo o país”, referiu.
Durante os últimos anos, acrescentou, muitos angolanos inscreveram-se como antigos combatentes, apenas para beneficiarem da pensão. Para o ministro, os militares que participaram das guerras pósindependência devem ser considerados desmobilizados e não antigos combatentes.
O processo de recadastramento e prova de vida dos ex-combatentes, deficientes e famílias deve durar seis meses. Conta com doze brigadas constituídas, cada, por cinco brigadistas, que se desdobram a nível do país.
Para combater os fantasmas, 162.300 ex-combatentes, deficientes de guerra e familiares em todo país estão a ser recadastrados.