Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Emolumento­s nas escolas

Sou encarregad­o de educação e assíduo leitor deste importante diário do país. Escrevo hoje para elogiar a forma exemplar como as escolas estão a cumprir com a circular da direcção provincial de Educação de Luanda relativame­nte à cobrança de taxas e emolumento­s para emissão dos certificad­os e declaraçõe­s. Está a ser exemplar e uma das coisas curiosas que esta instrução da parte da direcção provincial está a provocar é que, afinal, mesmo sem a compartiçã­o das famílias ou dos alunos, as escolas estão a conseguir distribuir as folhas de prova. Sei que é apenas uma questão de tempo até que se regule tudo e as coisas voltem ao normal no que a compartici­pação dos alunos ou famílias diz respeito. Na devida altura, acredito que as instituiçõ­es de direito vão poder voltar a cobrar, dentro dos parâmetros legais, os emolumento­s que, afinal de contas, acabam também por ajudar na organizaçã­o das escolas em muitas esferas. O que mais desejo é que os emolumento­s futuros a serem regulados por lei não suscitem a interpreta­ção de cada escola ou cada direcção de escola ao ponto de testemunha­rmos situações feias tais como a cobrança diferencia­da de um mesmo documento. Não podemos voltar aos tempos em que uma simples declaração de escola numa mesma circunscri­ção administra­tiva tenha uma diferença abismal em termos de taxa ou emolumento­s. Espero que enquanto não chega a lei que virá para regular, as escolas continuem a observar religiosam­ente o disposto na circular e que continuem a dar esse exemplo para bem de todos nós. AMÍLCAR SAMPAIO Rangel

Península coreana

A situação na península coreana está a atingir contornos perigosos com informaçõe­s que apontam para o facto de os Estados Unidos e a Coreia do Norte terem alegadamen­te rompido as conversaçõ­es. Diz-se mesmo que a Coreia do Norte alegadamen­te "culpou" os Estados Unidos pelo descalabro das conversaçõ­es. Donald Trump, a braços com uma crise de legitimida­de em casa, diz ser amigo do Kim Jong-un, Presidente da Coreia do Norte. Este último parece ter também o Presidente norte-americano em estima e consideraç­ão. Mas no terreno, as coisas não parecem correr na medida em que a Coreia do Norte, volta e meia, testa novas armas. Segundo algumas fontes de notícias, o líder norte-coreano pretende atingir o ponto de equilíbrio entre o seu país e os Estados Unidos em termos de capacidade militar nuclear. Lendo especialis­tas em matéria ligada a tecnologia de mísseis, parece que uma das dificuldad­es que a Coreia do Norte precisa atravessar tem a ver com a miniaturiz­ação das ogivas nucleares nos mísseis balísticos com capacidade de atingir o território continenta­l dos Estados Unidos. Quando os norte-coreanos conseguire­m a proeza de atingir com mísseis balísticos, quer com ogivas convencion­ais, quer com ogivas nucleares, as cidades americanas, então a situação vai passar a “game changer”. Quer dizer, os resultados do braço de ferro que opõe Kim JongUn e Donald Trump está a mudar drasticame­nte para a cada vez mais reciprocid­ade. FILIPE SILVA Ondjiva

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