BAI Cabo Verde propõe aumento do capital social
O Banco Angolano de Investimentos (BAI) Cabo Verde propôs aos accionistas, empresas de Angola como a petrolífera estatal Sonangol, um aumento de capital através da conversão de obrigações subordinadas.
A informação consta da convocatória para uma assembleia-geral extraordinária do BAI Cabo Verde, que terá lugar em 29 de Outubro, na cidade da Praia, prevendo também a eleição do novo conselho de administração, noticiou a Lusa.
O BAI Cabo Verde é um dos bancos cabo-verdianos com licença genérica, sendo detido em 80,432 por cento pela casamãe, o Banco Angolano de Investimentos, com sede em Luanda. A Sonangol Cabo Verde, empresa do grupo Sonangol que a petrolífera já anunciou que pretende alienar, detém uma quota de 16,303 por cento do capital social.
O BAI Cabo Verde, em funcionamento há 10 anos, tem um capital social de 10,6 milhões de euros, de acordo com a informação enviada aos investidores.
Na convocatória aos accionistas, entre outros pontos na agenda, consta a deliberação sobre uma proposta de aumento de capital social do BAI Cabo Verde “por via da conversão de obrigações subordinadas em participação no capital”, bem com uma nova emissão de obrigações corporativas.
Obrigações subordinadas são instrumentos de financiamento de empresas abrangidas por uma cláusula de subordinação que prevê, em caso de falência ou liquidação da entidade emitente, que apenas são reembolsadas após os demais credores por dívida não subordinada, mas tendo prioridade sobre os accionistas.
A proposta não quantifica os valores em causa com estas obrigações, nem identifica os subscritores, mas no relatório e contas de 2018 consta que a última obrigação subordinada foi emitida em 2016, no valor de 4,5 milhões de euros, com maturidade em 2022 e taxa de juro anual de 4,25 por cento.
O BAI Cabo Verde alcançou em 2018 resultados líquidos de 906 mil euros, um aumento de 34 por cento acima do exercício de 2017.