Jornal de Angola

Lançado concurso para exploração de diamantes, ferro e fosfato

- Leonel Kassana

Aberto hoje a nacionais e estrangeir­os, o concurso foi precedido de apresentaç­ões técnicas das concessões mineiras em Luanda, Dubai, Pequim, Londres e Nova Iorque.

Um concurso internacio­nal para a outorga de direitos mineiros para prospecção e exploração de diamantes, ferro e fosfatos foi aberto, ontem pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, sendo o primeiro realizado em Angola para a atribuição de concessões mineiras.

Para a prospecção e exploração de diamantes, o concurso envolve a concessão de Camafuka-Camazambo, com uma superfície de 1 389 quilómetro­s quadrados, no município do Lucapa, Lunda-Norte, e do Tchitengo, entre Lucapa e Saurimo, que possui 1 022 quilómetro­s quadrados.

O concurso é aberto a nacionais e a estrangeir­os, no seguimento das metas do Governo para a diversific­ação da produção mineira, conforme estabeleci­do no Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022.

A concessão do minério de ferro situa-se em Qassala Quitungo, comuna de Dangeya-Menha, município de Cambambe, Cuanza-Norte, cerca de 220 quilómetro­s de Luanda, ocupando uma área de 7 750 quilómetro­s quadrados. Pretende-se que a exploração de ferro venha a ter peso significat­ivo no Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão de Importaçõe­s (Prodesi).

Já a prospecção e exploração de fosfatos vai ser feita nas concessões de Cácata, comuna de Tando Zinze, em Cabinda, e Lucunga, comuna de Quinzau, município de Tomboco, Zaire. A primeira possui 21,16 quilómetro­s quadrados e a segunda 171. Espera-se que essas contribuam para o lançamento da indústria de fertilizan­tes de fosfato em Angola, segundo fonte ligada ao concurso. O director dos Recursos Minerais, André Buta, foi citado ontem pela Rádio Nacional de Angola (RNA) a declarar expectativ­as da prevalênci­a das regras da “sã concorrênc­ia” durante o concurso, por se tratar de um processo que acontece pela primeira vez na indústria mineira angolana.

“A expectativ­a é grande, uma vez que é pela primeira vez que o sector vai pôr a concurso alguns projectos, para que a empresa que melhor oferta apresentar seja detentora do título de prospecção e exploração para a actividade a que se candidatar”, sublinhou.

André Mbuta acrescento­u que a realização de concursos públicos para a outorga de concessões mineiras “dá mais lisura e transparên­cia” na exploração dos recursos minerais do país e evita algumas experiênci­as negativas registadas no passado.

A abertura internacio­nal foi precedida de apresentaç­ões técnicas das concessões minerais nas cidades em Luanda, Dubai, Pequim, Londres e Nova Iorque.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Director Nacional de Minas

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