Jornal de Angola

“MINHA TERRA”

- João Dias

Mais de 3 mil títulos de terra entregues às comunidade­s

A ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, anunciou, para breve, a implementa­ção do programa “Minha Terra” que visa a titulação dos terrenos das comunidade­s rurais e a simplifica­ção do processo de atribuição de títulos às cooperativ­as agrícolas.

Em declaraçõe­s à imprensa, ontem, nas instalaçõe­s do Ministério, por ocasião do Dia Mundial do Habitat, que se celebra na primeira segundafei­ra de Outubro, a ministra explicou que, numa primeira fase, serão dados 3.600 títulos, a razão de 200 por cada um dos 18 municípios eleitos para o projecto piloto. Neste momento, disse, estão já concluídos os trabalhos com as províncias do Moxico, Bié, Huambo, Namibe, Huíla e Cabinda.

No domínio da habitação, entre 2017 e 2019, o Executivo construiu 10.980 habitações, das quais já foram entregues 8.990. Na Baía Farta, Benguela, foram entregues 360 habitações, das mil previstas, enquanto no Lobito foram construída­s 3.000 e entregues apenas 656.

A ministra esclareceu que muitas residência­s ainda não foram entregues por falta de condições de habitabili­dade. “Estas centralida­des não têm só casas. Têm, também, postos médicos, escolas, centros infantis. Além disso, temos as Estações de Tratamento de Água (ETA) e as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs). Muitas delas não estão concluídas. Por isso, não podemos entregar ainda todas as habitações porque não têm as condições preparadas”, justificou. Paula de Carvalho assegurou que muitas delas devem concluir estes equipament­os ainda no final deste ano e primeiro trimestre de 2020.

No Namibe, a centralida­de “5 de Abril” conta com 5.000 casas e, deste número, foram entregues 584. Na centralida­de da Praia Amélia, foram entregues 560. No Andulo, Bié, onde estava prevista a construção de 1000 residência­s, foram feitas apenas 172.

Em Luanda, no Zango 0, onde foram construída­s 2.000 habitações, foram entregues 784. “Só não foram entregues mais, porque estamos a tratar do encaminham­ento das águas residuais e pluviais”, esclareceu.

No Zango 5 (Zango 8000 porque tem quase oito mil casas, ou seja, 7.964 casas), está em fase conclusiva, mas já foram entregues 4.000 residência­s.Ainda em Luanda, não foram entregues na totalidade as centralida­des de Kapari e Km 44. Na base disso está a falta de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs).

No Quilomosso, província do Uíge, foram concluídas e entregues as 1.010 casas previstas. Na Quilemba, na Huíla, das 8.000 residência­s, só foram entregues 854 casas, as únicas em condições de receberem energia e água. Ainda este ano, assegurou a ministra, a província do Cuanza-Sul deve ser contemplad­a com 2.100 casas na centralida­de de Quibaúla, no Sumbe. As obras encontram-se na fase final e estão todos os constrangi­mentos ultrapassa­dos para que as casas sejam entregues na totalidade.

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