Bispos católicos contra devastação de florestas no país
Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) condenaram, ontem, a desmatação de florestas nas províncias do Moxico, Cuando Cubango, Cabinda, Uíge e Bengo, de modo acentuado, e menos acentuado no Huambo e Bié. “Observamos a continuidade de práticas de devastação ambiental”, disse D. Filomeno Vieira Dias, na abertura da segunda Assembleia Plenária ordinária dos bispos da CEAST, que decorre em Saurimo, Lunda-Sul.
Os bispos católicos, reunidos na segunda Assembleia Plenária ordinária da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), em Saurimo, Lunda-Sul, condenaram, ontem, a “devastação ambiental e florestal” que persiste no país, principalmente com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira, apelando a uma adequação da “eficiência económica à protecção ambiental”.
“Oferece-nos a oportunidade de voltar, nesta assembleia a uma questão, já por nós abordada noutras circunstâncias, a da desflorestação provocada, sobretudo, com o corte ilegal de árvores para comercialização de madeira”, afirmou o presidente da CEAST, D. Filomeno Vieira Dias, na abertura do evento.
O arcebispo católico lamentou que “infelizmente” persiste a desflorestação nas províncias do Moxico, Cuando Cubango, Cabinda, Uíje e Bengo, de modo acentuado, e menos,no Huambo e Bié.
“Observamos a continuidade de práticas de devastação ambiental e florestais destruidoras da biodiversidade, dos ecossistemas e provocadoras do empobrecimento das populações”, referiu.
Os bispos fizeram um apelo no sentido de adequar a “eficiência económica à protecção ambiental e à justiça social”. “A questão da desflorestação desenfreada tem consequências sociais elevadas que nem sempre temos presente”, alertaram. Filomeno Vieira Dias, também arcebispo de Luanda, assinalou a relevância da As-sembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazónica, que decorre desde segunda-feira, no Vaticano, sob a presidência do Papa Francisco.