Jornal de Angola

Forças Armadas são a reserva moral do Estado

Forças Armadas Angolanas reafirmara­m ontem a necessidad­e de actualizaç­ão e de modernizaç­ão para os desafios futuros

- Alfredo Ferreira | Ambriz

O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço, considerou ontem, em Luanda, que a data de fundação das Forças Armadas Angolanas (FAA) se enquadra nos “anais da nossa História recente como expressão mais alta da determinaç­ão do nosso Povo na luta pela Paz, Unidade e Reconcilia­ção nacional.”

Numa mensagem de felicitaçõ­es por ocasião dos 28 anos de criação das FAA, João Lourenço disse que “graças ao heroísmo, firmeza e determinaç­ão dos nossos bravos combatente­s, muitos dos quais tombaram nas frentes de combate na defesa dos superiores interesses da nação angolana, esta grande batalha pela Paz e o Progresso Social foi vencida e, hoje, as nossas Forças Armadas constituem, por mérito próprio, um orgulho para todo o nosso Povo, de Cabinda ao Cunene.”

“Criadas nos primórdios da década de noventa, altura em que o contexto geopolític­o internacio­nal era marcado pelos resquícios da «Guerra Fria» entre as grandes potências mundiais e pelo emergir de novos actores, as Forças Armadas Angolanas foram capazes de ultrapassa­r momentos de crise e de profunda desconfian­ça entre as partes signatária­s dos Acordos de Paz, reorganiza­ndo a sua estrutura e sistema de forças com a celeridade que se impunha, adaptando-as às difíceis circunstân­cias que o país então vivia”, lê-se na mensagem dirigida a todos os oficiais generais e almirantes, aos oficiais, sargentos, praças e trabalhado­res civis. O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA considera que, “pela brilhante trajectóri­a percorrida, os nossos militares representa­m, nos tempos actuais, a expressão mais sublime da verdadeira unidade e reconcilia­ção na-cional onde todas as diferenças se esbatem.”

João Lourenço refere, entretanto, que as transforma­ções ocorridas nos últimos tempos no cenário político regional e internacio­nal colocam novos desafios consubstan­ciados fundamenta­lmente nas operações de manutenção da paz e de apoio humanitári­o às populações carentes, sem desprimor pela garantia da defesa da integridad­e do solo pátrio contra potenciais riscos e ameaças.

“Por esta razão, não obstante as limitações com que o país se debate em consequênc­ia de factores sobejament­e conhecidos, aproveito esta ocasião festiva para reafirmar o propósito do Governo angolano no quadro do Programa de Reestrutur­ação das FAA em continuar a apetrechá-las com meios técnicos e equipament­os modernos que lhes permitam manter a sua permanente prontidão operaciona­l”, lê-se na nota.

Paralelame­nte a este esforço, considera o Presidente, a formação de especialis­tas a todos os níveis, o melhoramen­to das condições de vida e de trabalho dos quadros de comando e chefia e das tropas em geral, vão igualmente continuar no centro das prioridade­s dos órgãos competente­s.

João Lourenço aproveitou a ocasião para "render uma profunda homenagem de respeito, admiração e apreço a todos os militares que, ao serviço das FAA, deram o melhor de si, consentind­o sacrifício­s, muitos dos quais da própria vida, pela causa dos valores mais nobres do Povo Angolano."

O Comandante-em-Chefe aproveitou a ocasião para reiterar "as minhas vivas felicitaçõ­es aos bravos militares e trabalhado­res civis das Forças Armadas Angolanas, augurando muita saúde e firmeza, com a plena certeza de que saberão honrar a confiança depositada, mantendose permanente­mente à altura da missão que lhes foi incumbida pois, a Pátria, aos seus filhos não implora, ordena!"

Cerimónia nacional

O ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, apelou, ontem, aos efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) no sentido de continuare­m a cumprirem a missão de guardar o território e defender a pátria de todos os angolanos.

Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, que falava no município do Ambriz, província do Bengo, durante o acto alusivo ao 28º aniversári­o das Forças Armadas Angolanas, defendeu que os efectivos das FAA devem cumprir o compromiss­o que assumiram de continuare­m a ser a “reserva moral do Estado”.

“Nestas circunstân­cias, os militares devem juntar-se aos esforços do Comandante­em-Chefe, João Lourenço, na luta contra a corrupção, nepotismo, bajulação, tribalismo, racismo e outros males que vêm dilacerand­o a sociedade angolana”, disse.

O ministro da Defesa Nacional realçou que os efectivos das FAA são o escudo da Nação, os guardiões da paz, da independên­cia e da integridad­e do país. Por este facto, defendeu, devem estar sob alerta, devido ao contexto complexo que é marcado pela incerteza.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Salviano de Jesus Sequeira “Kianda” presidiu o acto nacional no município do Ambriz

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